27/Sep/2024
Os preços do boi gordo continuam subindo em várias regiões pecuárias do Brasil, diante da oferta restrita. Nem mesmo a boiada de confinamento tem sido suficiente para completar escalas de abate, e com isso, os frigoríficos têm elevado suas indicações de compra. Em São Paulo há bovinos suficientes para cerca de 10 dias úteis de abate. Em Rondônia, há bovinos para apenas 3,48 dias úteis. Em Mato Grosso do Sul, as programações contam com bovinos suficientes para 6,67 dias úteis.
De fato, as escalas de abate estão relativamente curtas tanto em São Paulo quanto em outros Estados. Em vários casos, o agendamento se dá para a própria semana, em até cinco dias, mesmo em frigoríficos de grande porte. Diante da baixa disponibilidade de boiadas gordas, os preços registram alta. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 262,00 por arroba a prazo; e o “boi China”, a R$ 270,00 por arroba a prazo. A vaca gorda e a novilha gorda se mantêm estáveis.
No Espírito Santo, as escalas curtas de abate impulsionam os preços. O boi gordo está cotado a R$ 242,00 por arroba a prazo; e o “boi China”, a R$ 247,00 por arroba a prazo e alta de R$ 2 para ambas as cotações. Os preços estão em alta em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Tocantins. Um movimento atípico que tem ocorrido na segunda quinzena do mês e que pode justificar o maior apetite de frigoríficos no mercado físico é a maior demanda por carne bovina, que se reflete pelo aumento de preços também no atacado.
Em São Paulo, no atacado, os preços registram alta de 10% em setembro ante o mês anterior. A carcaça casada de boi registra valorização de 10,3% e a de fêmea (vaca/novilha), 12,2%. Mesmo nesta segunda quinzena, período em que normalmente os preços da carne se arrefecem, o produto mostra fôlego para seguir em alta. Nos últimos sete dias, o traseiro com osso tem ganho de 1,2%; o dianteiro, de 0,9%; a ponta da agulha, de 1%; e a carcaça casada bovina, de 1,1%.