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27/Sep/2024

Boi: Marfrig foca em produtos de valor agregado

A Marfrig deve consolidar sua estratégia de focar em alimentos processados e marcas de alto valor agregado após a aprovação da venda de ativos para a Minerva. O foco da empresa é em alimentos de valor agregado e operações em complexos industriais. A Marfrig também tem a prioridade de manter uma operação sustentável e eficiente, com foco em unidades de maior capacidade produtiva e localização estratégica. O objetivo é concentrar operações que possuem mais habilitações e grande volume de produção, o que resulta em menor custo por quilo produzido e margens mais sólidas. Hoje, 30% das vendas de carne desossada já são de marcas reconhecidas no mercado de alto nível. A Marfrig vai intensificar o foco em produtos processados e industrializados, por considerá-los uma operação mais sustentável.

A empresa continuará operando com commodities, mas com competitividade crescente e um foco cada vez maior em produtos de valor agregado. Também foi ressaltada a sinergia com a BRF, que vem gerando resultados importantes em suas operações e marcas combinadas. As duas empresas estão aproveitando oportunidades conjuntas, pois há potencial significativo para capturar sinergias adicionais, com benefícios claros para ambas. O negócio, anunciado em agosto de 2023, envolve a venda de ativos à Minerva por R$ 7,5 bilhões. A transação inclui 11 plantas de bovinos no Brasil, 1 unidade industrial na Argentina, 3 no Uruguai, 1 planta de cordeiros no Chile e 1 centro de distribuição no Brasil. Após o aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a expectativa é de que o processo de transação seja concluído até o fim de outubro.

A exceção envolve a negociação das plantas no Uruguai, que ainda depende da aprovação das autoridades concorrenciais locais. Não há uma data prevista para a conclusão. O valor estipulado para a negociação no Uruguai, de R$ 675 milhões, permanece suspenso. Foram pagos R$ 1,5 bilhão no anúncio do negócio, e com a decisão favorável do Cade, a Marfrig deverá receber entre R$ 5,6 bilhões e R$ 5,7 bilhões, valor ajustado pelo CDI desde agosto de 2023 até a conclusão da transação. Quanto ao uso dos recursos provenientes da venda, a companhia destacou o compromisso com a disciplina financeira e a redução da alavancagem, que fechou o segundo trimestre de 2023 em 3,38 vezes. Os recursos, da ordem de R$ 5,7 bilhões, serão utilizados principalmente para reduzir a alavancagem e, consequentemente, diminuir o custo financeiro.

Quanto ao uso dos recursos provenientes da transação, a companhia manterá o compromisso com a disciplina financeira e a redução de alavancagem, que fechou o segundo trimestre de 2023 em 3,38 vezes. Os recursos, na ordem de R$ 5,7 bilhões, serão utilizados principalmente para reduzir a alavancagem e, consequentemente, diminuir o custo financeiro. O Cade aprovou a transação sem impor grandes restrições, o que facilita a continuidade dos projetos da empresa. A planta produtiva em Pirenópolis (GO), hoje da Marfrig, será vendida pela Minerva. Além disso, o Cade declarou sem efeito a cláusula que previa um limite de expansão da capacidade da Marfrig em abate e desossa na planta de Várzea Grande (MT). Os “remédios” indicados pelo Cade foram leves e não alteram os planos da Marfrig. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.