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24/Sep/2024

Boi: preços sobem e compradores estão cautelosos

A oferta restrita de bovinos terminados e a proximidade do fim do mês têm levado a indústria a adotar postura cautelosa nas negociações no mercado físico do boi gordo. A estratégia de comprar lotes apenas para recomposição das escalas deve ganhar mais espaço ao longo desta semana, para conter a alta generalizada dos preços do boi gordo, movimento que ocorre desde agosto.

A redução do ritmo de compras também pode ser possível diante da sazonalidade, pois os últimos dias do mês são tradicionalmente marcados pelo escoamento mais lento da proteína bovina, em razão da perda de poder de compra da população, dando alguma margem de conforto aos frigoríficos nas negociações com os pecuaristas. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 255,00 por arroba a prazo; a vaca gorda é comercializada a R$ 232,00 por arroba a prazo; a novilha gorda, a R$ 247,00 por arroba a prazo; e o "boi China", a R$ 261,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado entre R$ 242,00 e R$ 250,00 por arroba; em Goiás, a R$ 245,00 por arroba; em Mato Grosso do Sul, entre R$ 255,00 e R$ 264,00; no Paraná, a R$ 257,00 por arroba; na Bahia, a R$ 241,33 por arroba; e em Rondônia, a R$ 230,00 por arroba.

A alta generalizada é resultado da oferta restrita. O setor enfrenta desafios adicionais devido à escassez de fêmeas para abate e à degradação das pastagens resultante da seca prolongada, o que contribui para uma maior restrição de oferta. Em São Paulo, no atacado, as cotações da carne bovina seguem estáveis após os aumentos das semanas anteriores, embora a oferta de carne com osso continue irregular, indicativo de restrição na disponibilidade. A demanda, apesar de firme, apresenta comportamento especulativo, com agentes de mercado monitorando atentamente as flutuações de oferta.