18/Sep/2024
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção brasileira de carnes em 2025 deve somar 30,75 milhões de toneladas, levemente abaixo das 30,78 milhões de toneladas estimadas para este ano. Na comparação anual, a queda esperada é de 0,1% na produção nacional de proteínas. O recuo na produção de carnes deve ser puxado pelo menor volume esperado de carne bovina, de 9,78 milhões de toneladas em 2025 contra 10,22 milhões de toneladas neste ano, retração de 4,3%. A produção de carne bovina cresceu 7,4% em relação a 2023, segundo maior volume da série histórica, em virtude do elevado volume de abate de 37 milhões a 38 milhões de cabeças esperadas. Para 2025, a projeão é de um início de virada do ciclo pecuário, com os pecuaristas retendo maior número de fêmeas e diminuindo a disponibilidade de bovinos para abate. Isso corrobora as projeções de aumento no preço do boi gordo no médio e longo prazo até o final de 2025, sendo comercializado hoje entre R$ 240,00 e R$ 250,00 por arroba.
Para a carne de frango, o volume esperado é de 15,51 milhões de toneladas no próximo ano, o que, se confirmado, será 2,1% superior às 15,19 milhões de toneladas projetadas para 2024. A produção deve ser tracionada por uma boa demanda com a possível elevação de preços na carne bovina, aliada ao cenário de preços de soja e milho mais controlados e custo de produção equalizado. O cenário é de estabilidade nos preços do frango vivo e da carne de frango para o próximo ano. A produção de carne suína aponta para crescimento, a 5,45 milhões de toneladas em 2025, contra 5,37 milhões de toneladas previstas neste ano, aumento de 1,6%. A carne suína vem ano a ano conquistando mais espaço com aumentos paulatinos na produção. A abertura de novos mercados suporta também o aumento das vendas externas no próximo ano. Por ser altamente dependente de grãos, com 75% do custo de produção vindo da ração, a conjuntura de preços mais controlados de grãos leva ao cenário de preços estáveis do suíno vivo no próximo ano.
As exportações de carnes brasileiras devem crescer 2,2% em 2025, de 9,91 milhões de toneladas previstas para este ano para 10,13 milhões de toneladas no próximo ano. Os embarques dos três tipos de proteínas devem apresentar crescimento no próximo ano. De carne de frango, o Brasil deve exportar 5,20 milhões de toneladas no próximo ano, alta de 1,9% em relação ao volume projetado para 2024, de 5,10 milhões de toneladas. No caso da suína, a projeção é de alta de 3% nas exportações, com 1,27 milhão de toneladas ante 1,23 milhão de toneladas a serem embarcadas neste ano. A exportação de carne bovina deve somar no próximo ano 3,66 milhões de toneladas, alta de 2,5% ante 2024, quando os embarques tendem a somar 3,57 milhões de toneladas (aumento de 17,8% ante 2023). A disponibilidade interna das carnes deve recuar 1,2% no próximo ano, passando de 20,95 milhões de toneladas para 20,70 milhões de toneladas.
A disponibilidade per capita acompanha a menor oferta e tende a passar de 102,1 quilos por habitante neste ano para 100,4 quilos por habitante em 2025. A maior retração será na oferta interna de carne bovina, esperada em 7,8%, passando de 6,71 milhões de toneladas este ano para 6,19 milhões de toneladas em 2025. A disponibilidade doméstica de carne de frango deve crescer 2,3%, de 10,09 milhões de toneladas de 2024 para 10,32 milhões de toneladas em 2025. No caso da carne suína, o suprimento interno tende a aumentar 1,1%, de 4,15 milhões de toneladas este ano para 4,20 milhões de toneladas no próximo ano. As estimativas são as primeiras da companhia para a temporada. O levantamento foi realizado pela primeira vez em parceria com o Banco do Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.