13/Sep/2024

O Rabobank previu queda de 3% na produção de carne bovina nos principais mercados globais no quarto trimestre de 2024, na comparação com igual período de 2023. O resultado será afetado pela retração nos Estados Unidos e no Brasil. A produção nos Estados Unidos deve cair 5% no quarto trimestre de 2024, com expectativa de que continue abaixo da média histórica até 2025. A produção no Brasil também deve recuar 3% no período, enquanto a Austrália se destaca com um aumento, embora insuficiente para compensar as quedas nos demais países. Essa tendência de queda deve continuar em 2025, refletindo contrações na produção dos Estados Unidos e do Brasil.

Apesar do recuo ante igual período de 2023, a produção global no quarto trimestre será 3,8% superior à média dos últimos dez anos. Além disso, haverá retração significativa a partir de 2025, especialmente devido à diminuição nos volumes dos Estados Unidos e do Brasil. Enquanto os preços na América do Norte permanecem em níveis elevados, o Hemisfério Sul começa a mostrar sinais de recuperação, com aumentos nos preços do gado na Austrália e Nova Zelândia em julho, influenciados pela demanda dos Estados Unidos. No Brasil, os preços do gado caíram, refletindo o aumento da produção e a alta exposição ao mercado chinês. O consumo de carne bovina na China, que tem sido um dos principais motores do mercado global nos últimos anos, enfrenta agora desafios com o crescimento econômico mais lento.

A oferta de carne bovina na China tem superado a demanda nos últimos anos, levando a uma pressão sobre os preços. O rebanho total cresceu 18% entre 2018 e 2023, refletindo investimentos no setor. Em 2023, a China representou 34,6% das importações globais de carne bovina, com os fornecedores da América do Sul ganhando competitividade nos segmentos de baixo a médio custo, enquanto Austrália e Estados Unidos mantêm presença nos mercados de médio a alto padrão. O Rabobank prevê que a correção no lado da oferta deve levar a uma recuperação dos preços em 2025, trazendo implicações significativas para toda a cadeia de abastecimento global de carne bovina. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.