12/Sep/2024
A Minerva vê mudança no ciclo pecuário apenas no fim de 2025, mas isso não pressionará a empresa, pois há fatores estruturais que estenderam sua duração e aumentaram significativamente o número de bois prontos para abate. Existem fatores estruturais que levam a crer que o ciclo está mais longo. Mais importante do que isso é que o topo e o piso do ciclo, em termos de bois prontos para abate, mudaram em cerca de 3 milhões a 4 milhões de cabeças. Entre os fatores, está a melhoria genética, que aumentou a fertilidade das fêmeas, e a queda nos custos das dietas, que aceleraram a terminação dos bovinos.
A genética melhorou muito a fertilidade das fêmeas, e o custo da dieta mais barata tem permitido maior produtividade, com mais bois disponíveis para abate de forma mais rápida. Essa dinâmica estrutural alterou as projeções de oferta no ciclo pecuário. Enquanto anteriormente o topo do ciclo contava com cerca de 34 milhões de cabeças disponíveis para abate, agora a expectativa é que esse número chegue a 38 ou 39 milhões. Da mesma forma, no piso do ciclo, em vez de 29 milhões de cabeças, a projeção subiu para 33 a 34 milhões. Trata-se de aproximadamente 10% a mais de cabeças prontas para abate, mesmo na parte mais negativa do ciclo.
A Minerva trabalha com perspectiva diferente da projetada pela Datagro, de 38,525 milhões de bois abatidos em 2024 e de 36,841 milhões em 2025. O abate vai crescer por razões estruturais. Mesmo com uma possível virada de ciclo em 2025, a oferta de bois para abate será superior ao que se observou em ciclos anteriores. Mesmo que comece uma virada de ciclo no próximo ano, a quantidade de cabeças disponíveis para abate será maior do que no primeiro ano de um ciclo ruim, como visto há cinco anos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.