12/Sep/2024

Em São Paulo, o poder de compra de suinocultores frente aos principais insumos utilizados na atividade vem avançando setembro em alta, impulsionado pela valorização do suíno vivo superior à do milho e do farelo de soja. Na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o preço médio do suíno está em R$ 8,93 por Kg na primeira dezena deste mês, aumento de 5,5% frente ao preço de agosto. Esse movimento de alta se deve à boa liquidez da carne e à menor disponibilidade de animais em peso ideal para abate.

No mercado de milho, os vendedores vêm limitando o volume ofertado, atentos às recentes valorizações externa e interna e preocupados com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão (1ª safra 2024/2025) do Brasil. Dessa forma, o Indicador ESALQ/BM&F (Campinas - SP) registra média de R$ 61,80 por saca de 60 Kg na parcial de setembro, avanço de 3,7% sobre a de agosto. Em relação ao farelo de soja, a ausência de chuvas nas principais regiões produtoras brasileiras tem preocupado os produtores, visto que pode atrasar o início da semeadura da temporada 2024/2025. Como resultado, os vendedores estão reduzindo a oferta no spot, enquanto os consumidores, tanto domésticos quanto internacionais, competem para adquirir novos lotes.

Assim, o valor médio do farelo registra aumento de 0,7% entre agosto e setembro, a R$ 2,117,85 por tonelada. Considerando-se o suíno negociado na região produtora de São Paulo e os insumos comercializados no mercado de lotes da região de Campinas nesta parcial de setembro, o suinocultor pode comprar 8,67 Kg de milho com a venda de 1 Kg de suíno em setembro, quantidade 1,8% maior que a de agosto. De farelo de soja, no mesmo comparativo, o suinocultor consegue adquirir 4,22 Kg, avanço mensal de 4,8%. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.