03/Sep/2024
A tendência de alta dos preços no mercado físico do boi gordo deve se manter neste início de setembro. A oferta restrita de bovinos terminados e escalas curtas de abate mantêm a tendência de alta, justamente num período do mês em que o consumo de carne bovina aumenta, com o pagamento de salários. Tal cenário contribui para uma alta generalizada da cotação do boi gordo em diferentes regiões pecuárias nos últimos dias.
Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 238,00 por arroba a prazo; a vaca gorda, a R$ 215,00 por arroba a prazo; e a novilha gorda, a R$ 230,00 por arroba a prazo. O "boi China" está cotado a R$ 245,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado entre R$ 224,00 e R$ 230,00 por arroba. Em Goiás, o boi gordo é negociado a R$ 228,00 por arroba; em Mato Grosso do Sul, entre R$ 237,00 e R$ 240,00 por arroba; em Mato Grosso, a R$ 213,00 por arroba; no Pará, a R$ 215,00 por arroba; em Tocantins, entre R$ 215,00 e R$ 217,00 por arroba; na Bahia, a R$ 218,00 por arroba; e no Espírito Santo, a R$ 220,00 por arroba. A alta dos preços indica que a estratégia dos pecuaristas de retenção dos bovinos tem surtido efeito.
As escalas de abate estão no menor patamar desde fevereiro. Para isso, também contribui o aquecimento do mercado de exportação de carne bovina, o que incrementa a demanda por animais pelos frigoríficos e da força à ponta vendedora nas negociações. O mercado também monitora o clima, especialmente em função das elevadas temperaturas e da baixa umidade relativa do ar, condições que podem reduzir a oferta de bovinos. A seca e as queimadas afetam diretamente as condições dos pastos, o que pode impactar a oferta de gado terminado para abate e até levar à morte de animais.