27/Aug/2024
Sem sinais de pressão sobre o preço do boi gordo, essa última semana de agosto deve ter o ritmo das negociações e a direção de preços no mercado físico determinados pelo nível de escoamento da carne bovina. A expectativa é de uma comercialização lenta da proteína em comparação ao começo do mês, e pela oferta ainda restrita de bois terminados. Esses fatores já dão o tom das negociações nas regiões pecuárias nos últimos dias, com o preço do boi gordo subindo em algumas regiões e estável em outras, a depender de fatores locais.
Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 235,00 por arroba; a vaca gorda, a R$ 210,00 por arroba; a novilha gorda, a R$ 225,00 por arroba; e o "boi China", a R$ 237,00 por arroba. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 222,00 por arroba; em Goiás, a R$ 225,00 por arroba; e em Mato Grosso, entre R$ 210,00 e R$ 215,00 por arroba. Nesta semana, o clima pode trazer mais efeitos para a oferta, pois a seca prolongada afeta a qualidade das pastagens e o desenvolvimento dos bovinos, o que reduz a oferta de boiadas.
As condições climáticas, especialmente a seca e os focos de incêndio em várias regiões, têm prejudicado a finalização dos bois. Embora a continuidade da oferta restrita de boiadas possa desequilibrar as negociações, a queda no consumo de carne bovina na última semana do mês, movimento sazonal provocado pelo menor poder de compra da população, pode trazer estabilidade ao mercado.
Os frigoríficos têm operado com escalas de abate ajustadas, refletindo uma demanda que, embora constante, está sendo atendida com cautela. Os sinais de freio no consumo são percebidos no mercado atacadista, com vendas modestas de carne bovina e predominância dos preços estáveis, exceto por algumas valorizações pontuais em cortes como dianteiros avulsos e ponta de agulha. A demanda por carne bovina está mais reduzida, cumprindo com as expectativas do comportamento típico da segunda quinzena do mês.