22/Aug/2024
No mercado doméstico, o ritmo de negócios tanto de bois para abate quanto de carne bovina no atacado de São Paulo segue marcado por relativa constância. A baixa disponibilidade de bovinos tem feito com que frigoríficos ajustem os valores de compra conforme a necessidade de completar uma ou outra escala. Os negócios antecipados, em sua maioria travados em valores superiores aos atuais, aliviam a necessidade de compra, freando as altas no valor do boi gordo negociado no spot. Em São Paulo, onde tem sido observado aumento significativo dos negócios a termo/contrato nos últimos anos, os reflexos dessa estratégia se mostram mais evidentes, pesando para diminuir o diferencial de base.
A compra de fêmeas, mais especificamente de novilhas, em detrimento dos machos, é outro fator que influencia para que os ajustes no preço do boi gordo sejam menos intensos em todas as regiões. Na parcial de agosto, as escalas de abate para o mercado de balcão estão na média de 11 dias, sendo média de 10 dias para as compras de bois destinados ao mercado interno e de 12 dias para aqueles que visam a exportação. Considerando-se o período de janeiro a agosto, a média deste mês é a segunda menor do ano, superando apenas a de julho, quando esteve em 9 dias.
No acumulado de agosto, o preço médio do boi gordo em São Paulo registra alta de 1%, cotado a R$ 234,75 por arroba. O atacado reflete o repasse das altas no mercado de bois para abate. Ainda que a indústria tenha apresentado alguma dificuldade para aumento de preços da carne, as valorizações no conjunto de cortes do traseiro e dianteiro, de 3,18% e de 2,67%, respectivamente, elevam o preço da carcaça casada do boi em 2,11%, passando de R$ 16,14 por Kg no dia 31 de julho para R$16,48 por Kg no dia 20 de agosto. No mesmo período, a carcaça casada de vaca passou de R$ 14,80 por Kg para R$ 15,33 por Kg. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.