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05/Set/2019

Suíno: exportação de carne recua 24% em agosto

Após as exportações brasileiras de carne suína atingirem, em julho, o maior volume já registrado neste ano, de 66,91 mil toneladas, as vendas ao front externo recuaram com força no último mês, frustrando as expectativas dos agentes do setor. Até mesmo a China diminuiu as importações da carne brasileira de julho para agosto. Vale lembrar que o país vinha ampliando as compras para aumentar a oferta local de proteína, em função da queda na produção de carne suína, devido aos casos de Peste Suína Africana (PSA). Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em agosto, o Brasil embarcou 50,81 mil toneladas de carne suína, volume 24,06% inferior ao de julho e 19,74% abaixo do de agosto/2018. A receita com as vendas foi de US$ 107,57 milhões, o equivalente a R$ 432,45 milhões. Assim, o faturamento em dólar recuou 26,8% de julho para agosto e 2,21% em relação ao mesmo período do ano passado.

Em Reais, a queda foi de 22,15% no comparativo mensal, mas houve estabilidade (+0,03%) no anual. Em agosto, China, Hong Kong, Chile e Uruguai, nesta ordem, foram os principais destinos da proteína brasileira e todos esses países diminuíram suas compras em relação àquelas feitas em julho. A China foi destino de 18,48 mil toneladas no último mês, recuo de 22% em relação ao volume de julho. Na sequência, Hong Kong reduziu em 31% suas compras, indo a 9,47 mil toneladas; o Chile, em 33%, com 3,62 mil toneladas; e o Uruguai, em 18%, com 3,14 mil toneladas importadas. As vendas para a Rússia, que, até 2017, figurava como o principal destino da carne suína brasileira, seguem oscilando. No último mês, os embarques para o país aumentaram 33%, totalizando 2,07 mil toneladas. Vale ressaltar que, apesar deste avanço expressivo, o volume é bastante inferior àquele que era importado antes do embargo. Em agosto/2017, por exemplo, as exportações para a Rússia foram de 25,88 mil toneladas.

Ainda que o desempenho em agosto tenha sido fraco, o Brasil conseguiu ampliar suas vendas para países que não têm participação significativa nas exportações totais. De julho para agosto, por exemplo, os embarques com destino à Angola, Costa do Marfim e África do Sul aumentaram 19%, 78% e 79%, respectivamente. Juntos, esses países importaram 3,39 mil toneladas de carne suína em agosto. Quanto ao mercado doméstico, em São Paulo, no atacado, a carcaça especial suína registra leve valorização de 0,5% nos últimos sete dias, cotada a R$ 6,36 por Kg. Para a carcaça comum, na mesma comparação, o movimento é de queda (1,1%), com a proteína negociada a R$ 6,32 por Kg, em média. A baixa procura pela carne de origem suinícola no correr de agosto, resultou em estoques elevados nesta semana, dificultando reação expressiva nos preços. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.