30/Jul/2024

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou 96.178 toneladas de carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas na semana passada, a primeira completa com a adoção dos auto embargos pelo Brasil após a descoberta de um caso da doença de Newcastle em uma granja comercial da Anta Gorda (RS). A média diária exportada entre os dias 22 e 26 de julho é de 19.236 toneladas. Isso representa queda de 4,35% no volume diário de embarques em relação ao somatório das três semanas anteriores de julho, quando a média havia sido de 20.110 toneladas. Para contabilizar um embarque na balança comercial, se utiliza a data em que um produto é considerado "completamente exportado". Tal data é considerada como a data viável que representa o momento mais próximo da transposição da fronteira.

A confirmação do caso da doença de Newcastle ocorreu na noite de 17 de julho, uma quarta-feira, na terceira semana do mês. A partir daí, o Ministério da Agricultura anunciou auto embargos da exportação da carne de aves para 44 países, com variações sobre o raio da suspensão, que iam de todo o País a até 10 Km do caso confirmado, e os produtos proibidos. Até a confirmação do caso da doença de Newcastle, o Brasil havia exportado mais de 100 mil toneladas de carne de aves nas duas primeiras semanas de julho. Foram 121.683 toneladas na primeira e 101.187 toneladas na segunda semana. Na terceira semana, quando foi confirmado o problema sanitário, foram embarcadas 78.153 toneladas. Na sexta-feira (26/07), o Ministério da Agricultura informou a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) sobre o fim do foco da doença de Newcastle em um aviário comercial em Anta Gorda.

A notificação está em relatório de ocorrência da doença na plataforma de "gerenciamento de eventos" (ocorrências de doenças) da OMSA. O status do caso, contudo, ainda consta como "em andamento" na plataforma. Ou seja, ainda depende da análise e reconhecimento do órgão internacional de saúde animal. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) expressou confiança na rápida normalização das exportações de carne de frango pelo País. Quando o caso foi confirmado, a expectativa era de que o impacto do caso sobre os embarques da proteína seriam de até 60 mil toneladas ou, em média, 15% do volume mensal exportado pelo País. Novos impactos poderão ser observados nas próximas atualizações da balança comercial pela Secex. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.