30/Jul/2024
Segundo o Bradesco BBI, o resultado financeiro da JBS no segundo trimestre de 2024 deve ter o segmento de frango, especialmente a Pilgrim's Pride Corporation e a Seara, como destaques positivos. A estimativa é de receita líquida de R$ 97,579 bilhões, um aumento de 9% em relação ao igual período do ano passado. A empresa também deverá apresentar Ebtida de R$ 8,258 bilhões, crescimento de 86% ano a ano, e um lucro líquido ajustado de R$ 2,562 bilhões, alta de 103% ante o segundo trimestre de 2023. A Pilgrim's, beneficiada por preços elevados de frango e demanda resiliente no mercado norte-americano, deve atingir margem Ebitda de 15%, aumento de 3,5 pontos porcentuais em relação ao trimestre anterior. No Brasil, o bom momento do segmento avícola deve levar a Seara a expandir sua margem Ebitda para 14%, crescimento de 2,4% trimestre a trimestre.
O relatório também projeta melhora sequencial nas margens Ebitda das divisões de suínos nos Estados Unidos e na Austrália, ambas esperadas para atingir 11%, com aumentos de 0,7% e 2,4%, respectivamente. No Brasil, um ciclo favorável e a sazonalidade positiva devem contribuir para a operação de carne bovina da JBS, resultando em uma expansão de 2% na margem Ebitda, para 6,5%. No mercado norte-americano de carne bovina, mesmo com o ambiente desafiador, a sazonalidade deve ajudar a JBS a reportar margem positiva de 0,2%. As perspectivas são ainda mais positivas para o terceiro trimestre. O Bradesco BBI manteve a ação da JBS como a sua preferida do setor, com recomendação outperform (equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 43,00. O balanço da JBS vai ser divulgado em 13 de agosto, após o fechamento do mercado financeiro.
Já a Minerva Foods deve se beneficiar de um ciclo positivo do gado, preços de exportação de carne bovina resilientes e uma boa demanda doméstica em seu resultado financeiro do segundo trimestre de 2024. A previsão para receita líquida é de R$ 7,451 bilhões, com crescimento anual de 2%. O Ebitda ajustado projetado é de R$ 741 milhões (+4% na comparação anual) e o lucro líquido ajustado é estimado em R$ 116 milhões, queda de 48% ante igual período de 2023. Além do desempenho positivo da Minerva no Brasil, o Bradesco BBI destaca que melhorias sequenciais na receita em outros países, especialmente no Paraguai, são esperadas. Estes fatores devem resultar em uma margem Ebitda consolidada de 9,9%, melhoria de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 0,2% em termos anuais. Também se acredita que os resultados do terceiro trimestre de 2024 refletirão mais claramente o ambiente favorável de câmbio para exportadores brasileiros de proteínas.
O Bradesco BBI manteve a classificação "neutra" para a Minerva, com preço-alvo de R$ 8,00. A aprovação do acordo entre Minerva e Marfrig pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deve ser um dos principais impulsionadores para as ações da companhia. Os resultados da Minerva no segundo trimestre de 2024 serão divulgados em 7 de agosto, após o fechamento do mercado. A XP Investimentos previu que a BRF apresentará desempenho sólido em todos os setores no resultado financeiro do segundo trimestre de 2024, com destaque para o segmento internacional. A expectativa é de um Ebitda ajustado de R$ 2,417 bilhões, alta anual de 140%, com margem de 17%. O fluxo de caixa livre estimado é de R$ 912 milhões. A receita líquida deve ser de R$ 14,253 bilhões, expansão de 17%. A BRF deve ter lucro líquido de R$ 768 milhões, revertendo prejuízo do segundo trimestre de 2023.
O setor internacional da BRF deve ser impulsionado pela forte demanda de exportação e uma taxa de câmbio favorável. A receita líquida internacional é projetada em R$ 6,9 bilhões, com o Ebitda ajustado sendo de R$ 1,3 bilhão e uma margem de 18,5%. No mercado doméstico, a BRF também deve apresentar resultados positivos, embora com crescimento de margem mais modesto. A receita líquida no Brasil está prevista em R$ 6,5 bilhões, com Ebitda ajustado de R$ 1,0 bilhão e uma margem de 16,0%. A empresa deve continuar a se beneficiar de uma perspectiva controlada de oferta e demanda, além de melhorias marginais nos custos até a colheita da segunda safra de milho, avaliam os analistas. A XP reiterou sua recomendação de compra para as ações da BRF, considerando o forte momento e as tendências positivas de fluxo de caixa, que devem sustentar o desempenho das ações no segundo semestre de 2024. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.