29/Jul/2024
Embora boa parte da humanidade permaneça alheia à realidade, as previsões em relação ao clima do planeta são as piores possíveis. Aliás, nem podem mais ser consideradas previsões, pois já se vivencia no dia a dia ‘pequenas pílulas’ do que está por vir. E o que se espera são, principalmente, uma carência generalizada de água e temperaturas ambientais extremas. É sob esse panorama que, projeta-se, a carne de frango, já líder mundial na produção e no consumo, deve chegar a 2050 com uma disponibilidade pelo menos um terço maior que a estimada para 2021-2023, o que significa produzir volume superior a 180 milhões de toneladas.
Mas, como alcançar essa produção em toda a plenitude se justamente o frango e as poedeiras são grandes conversores e, por isso, extremamente dependentes da água? Mais: como manter a produtividade atual frente às temperaturas extremas se, novamente, as galinhas não apenas são muito sensíveis às altas temperaturas ambientais, mas também têm uma temperatura corporal elevada em comparação aos mamíferos? Pesquisadores da Estação Experimental de Agricultura da Universidade de Arkansas já se fizeram essa pergunta. Não agora, mas cinco anos atrás, em 2019. E para não ficar na especulação, iniciaram um trabalho de seleção e cruzamentos genéticos para tentar chegar a uma linhagem que apresentasse eficiência hídrica superior à das linhagens disponíveis na atualidade.
O relatório científico que acaba de ser divulgado é o primeiro do gênero e traz resultados mostrando que, a despeito do stress hídrico que, normalmente, atrasa seu desenvolvimento, aves desenvolvidas visando a um menor consumo de água continuam a ganhar peso. Os ganhos não se resumiram ao consumo hídrico, foram extensivos também ao consumo de ração. E, aplicando os resultados a um presumível lote de 50 mil frangos, no primeiro mês de vida, o consumo de água pode ser reduzido em cerca de 30 mil litros e poupadas mais de 8 toneladas de ração. Fonte: AviSite. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.