ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

26/Jul/2024

Frango: China e México podem flexibilizar restrições

As negociações entre o governo brasileiro e autoridades sanitárias da China e do México avançaram para a flexibilização das restrições às exportações de produtos avícolas do Brasil. Atualmente, estão suspensos os embarques de todo o País para ambos países, em virtude do foco da doença de Newcastle, constatado em um aviário comercial no Rio Grande do Sul. Agora, os países estudam diminuir o nível dos embargos, após o Ministério da Agricultura reduzir a abrangência da emergência zoossanitária de todo o Estado para cinco municípios da região em que o foco foi detectado. Com a China, as tratativas têm por objetivo a liberação de todo o fluxo comercial do Brasil.

Para o México, a negociação caminha para a regionalização do embargo, ou seja, estariam restritos os embarques apenas de produtos de um raio de 10 Km. Há troca de informações diárias entre as autoridades sanitárias dos países. O governo brasileiro já enviou tanto para a China quanto para o México informações complementares sobre as medidas de controle e enfrentamento da doença. Além de China e México, as exportações de produtos avícolas de todo o território brasileiro estão suspensas para a Argentina. Para outros 39 países, o Brasil suspendeu a emissão de certificações de exportações ou do Rio Grande do Sul ou da região afetada, conforme previsto no protocolo sanitário com cada país.

O Bradesco BBI avaliou que o ponto-chave para as empresas de proteína diante da doença de Newcastle é a suspensão do embargo nacional, especialmente para a China e, em menor grau, para o México. A China é particularmente importante, não apenas pelo volume total, mas também pelas exportações de pés de frango a preços premium, ajudando as empresas a maximizarem o valor das aves produzidas. Se as restrições forem levantadas em breve, conforme expectativas de resolução do embargo para a China dentro de 30 dias, os impactos nas empresas devem ser limitados.

Até agora, os preços internos de aves estão estáveis, com empresas possivelmente aproveitando a capacidade de armazenamento disponível. As restrições afetam 15% das exportações de aves do Brasil até a data. Caso estas exportações fossem destinadas ao mercado interno, representariam um aumento de aproximadamente 7% na oferta, o que ainda é significativo. As restrições de exportação foram significativamente reduzidas: no âmbito nacional, China, Argentina e México, que representam 15% do volume de exportações de aves do Brasil até a data, ainda mantêm embargos. No contexto estadual, Bolívia, Chile, Cuba, Peru e Uruguai mantêm restrições, representando 2% das exportações neste ano do Rio Grande do Sul.

Combinando os embargos nacionais e estaduais, 14% das exportações do Rio Grande do Sul neste ano estão restringidas, comparado aos 40% anteriores. Isso representa redução de 4% das exportações totais de aves do Brasil até a data. A contenção do surto da doença de Newcastle e a consequente rápida retirada das restrições comerciais são desenvolvimentos positivos. A abrangência do embargo estadual foi significativamente limitada, e as restrições locais devem ter consequências menos drásticas, pois outras plantas no Estado podem redirecionar volumes e compensar os impactos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.