ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

26/Jul/2024

Nutrição Animal: ADM construirá nova fábrica no PR

A norte-americana ADM, uma das maiores companhias de agronegócio do mundo, vai construir uma nova fábrica de premix (mistura de minerais, aminoácidos, vitaminas e aditivos) em Apucarana (PR), para ampliar sua capacidade de produção em 40%. A empresa está entre as dez maiores fabricantes de produtos de nutrição animal no país e tem a ambição de ficar entre as três primeiras. O movimento acontece no momento em que o mercado de nutrição animal dá sinais de aquecimento no País. O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) estima que o segmento crescerá 2,6% neste ano em relação a 2023, enquanto o de sal mineral terá avanço de 4%. A ADM não revela o valor do investimento. Menciona apenas que são “dezenas de milhões de Reais”. A planta fabril vai ocupar uma área de 7,5 mil metros quadrados e tem previsão de ficar pronta em agosto de 2025. A nova planta de Apucarana fica a 2 Km de outra fábrica da empresa, que será desativada.

Os 100 empregados da unidade antiga serão transferidos para a nova e a ADM seguirá com nove fábricas de nutrição animal no País. A fábrica atual fica em um prédio alugado, e a estrutura não permite fazer a integração de equipamentos em um único sistema digital. Por isso a opção pela unidade nova. A fábrica terá tecnologia de rastreamento e mapeamento de todos os ingredientes inseridos em cada formulação de premix. A planta também poderá produzir formulações personalizadas para cada criador, sem risco de contaminação cruzada. A indústria exportadora de proteínas tem exigências de requerimentos nutricionais e de segurança avançados. Com a nova planta vamos oferecer rastreabilidade no mais alto nível. Os clientes terão total garantia de quantidade e origem dos ingredientes. De imediato, a fábrica vai atender produtores de aves, suínos e aquicultores do Brasil, Paraguai, Uruguai, Chile, Peru e Bolívia, já clientes da planta industrial antiga.

Com a estrutura nova, a expectativa é alcançar mercados novos e mais exigentes, como de produtores de salmão do Chile e os mercados pet da Argentina e do Chile. Além da expansão da capacidade produtiva, a ADM reestruturou a área comercial, que agora conta com equipes especializadas nos diferentes setores de produção animal, oferecendo um atendimento mais personalizado. A companhia também constrói um centro de distribuição em Apucarana, que vai aumentar sua capacidade de armazenamento em 75%. Os investimentos atuais fazem parte de um conjunto de esforços da companhia nos últimos anos para avançar no mercado brasileiro de nutrição animal, incluindo restruturação da área fabril, separação dos negócios de animais de produção e pets e renovação do portfólio de produtos. A ADM dobrou de tamanho no setor de nutrição animal desde 2019, após a aquisição da Neovia, por R$ 1,5 bilhão. A ADM não divulga dados financeiros por país. Os resultados do segundo trimestre serão divulgados pela empresa no dia 30 de julho. No primeiro trimestre, a companhia registrou lucro líquido global de US$ 729 milhões, um recuo de 38,7% em relação ao mesmo período de 2023.

A receita caiu 9,4%, para US$ 21,8 bilhões. Em nutrição, houve queda de 39%, com resultado operacional de US$ 84 milhões, devido à paralisação na Decatur East, de nutrição humana. Para 2024, a expectativa da ADM é de aumento na receita do negócio de nutrição de “um dígito médio”. Outras empresas do setor de nutrição animal também investem na ampliação de suas fábricas no País. É o caso da CJ do Brasil que investe R$ 1,1 bilhão para ampliar sua fábrica de Piracicaba (SP). A Agronorte aplicou R$ 135 milhões em uma nova fábrica em Gurupi (TO) e dois armazéns, em Açailândia (MA) e Bom Jesus (TO). A Cooperativa Central de Produtores Rurais (CCPR) concluiu recentemente a construção de uma nova fábrica em Curvelo (MG), com investimento de R$ 245 milhões. Segundo o Sindirações, já se observa uma retomada de investidores prospectando negócios no Brasil, principalmente europeus, argentinos, chineses e coreanos. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.