24/Jul/2024

O secretário de Comércio e Relações Internacionais (SCRI), do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa, revelou que o governo brasileiro recebeu a indicação da China de que dará uma resposta em até 15 dias sobre a volta dos embarques da carne de frango brasileira ao país. Desde a descoberta do caso da doença de Newcastle em uma granja comercial de Anta Gorda (RS), foram realizadas duas reuniões com representantes chineses, de acordo com Perosa. No dia 19 de julho, o governo brasileiro anunciou a suspensão cautelar e temporária das exportações de produtos avícolas à China. Já houve duas reuniões online com a China para tratar da Newcastle.

Na última reunião, foram apresentadas medidas e a China ficou de dar uma resposta em 10 a 15 dias para liberar o mercado. Anteriormente, havia a expectativa de retomada da exportação à China em até 30 dias. A China é o principal destino da carne de frango do Brasil. No primeiro semestre deste ano, o Brasil exportou 276,1 mil toneladas de carne de frango para a China, com receita de US$ 600,9 milhões, participação de 13% na receita e 11% no volume total embarcado. O Ministério da Agricultura tem conversado com os diferentes mercados para explicar o caso e reduzir as áreas de restrição que estão sendo adotadas.

Um caso bem-sucedido é o da União Europeia, para a qual o auto embargo chegou a vigorar para a carne de frango de todo o País. No caso da União Europeia, quem dita a zona de segurança em caso de Newcastle é o Brasil. A ideia é ir para o raio de 10 Km de restrição. Importante destacar a eficiência e a transparência como pilares do sucesso do Brasil no comércio internacional, com ações rápidas que ajudam a garantir ao Brasil a ocupar quase 40% do mercado mundial de carne de frango. O discurso foi reforçado pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. “A régua da sanidade animal do Brasil é muito alta. É um grande ativo nosso”, disse. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.