24/Jul/2024

A reunião do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) de segunda-feira (22/07) tinha como palestrante o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e um tema definido, o Plano Safra 2024/2025. Deveria ser uma "prestação de contas" do ministro ao setor sobre as iniciativas de financiamento para o agronegócio nacional pelos próximos meses. Mas o assunto, ainda que abordado pelo ministro e outros representantes do segmento, perdeu espaço para um tema mais urgente, pelos riscos envolvidos: o foco da doença de Newcastle em uma granja comercial em Anta Gorda (RS) na semana passada. Com os riscos iminentes à exportação de carne de frango pelo Brasil, o encontro ganhou a presença de figuras relevantes do setor de proteína animal, como o CEO da BRF e o presidente da Associação Brasileira de Proteína (ABPA).

Eles acompanharam a apresentação do ministro, assim como a entrevista coletiva de Fávaro após o evento, antes de seguirem para uma reunião, que também contou com a presença do secretário de Comércio e Relações Internacionais (SCRI), do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa. Discretos, os executivos do setor de proteína animal não falaram com a imprensa, mas no encontro partiu da ABPA um sinal de apoio que deve ter agradado a Fávaro, que momentos antes havia criticado cobranças do agronegócio em relação ao Plano Safra, o que ele chamou de “intolerância de alguns contra o governo”. À plateia na Fiesp, o presidente da ABPA elogiou a postura do Ministério da Agricultura diante da doença de Newcastle e Fávaro recebeu aplausos efusivos. “Nós vamos recuperar os mercados um a um, e isso muito graças ao trabalho conduzido pelo ministro Fávaro”, disse o executivo da ABPA.

O Ministério da Agricultura e a indústria têm adotado um discurso uníssono de que a transparência na divulgação das informações e a adoção de auto embargos para 42 mercados vão ajudar a acelerar a volta da normalidade à exportação de carne de frango pelo Brasil. Além disso, vêm ressaltando se tratar de um caso isolado. No fim de semana, o Ministério da Agricultura revelou três resultados negativos de testes em aves que viviam em áreas próximas ao do primeiro caso. A tomada de providências para cumprir os protocolos e a transparência garantem segurança aos exportadores. Esse processo nos garante a possibilidade de conseguir mais agilidade nas liberações, além de discutir os protocolos de sanidade, disse Fávaro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.