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24/Jul/2024

Carnes: análise sobre setor brasileiro de frigoríficos

O Itaú BBA destaca uma visão favorável sobre a JBS após o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisar para cima a produção de carne bovina para 2024, devido ao aumento do abate de novilhos e novilhas, parcialmente compensado por um menor abate de vacas. As projeções para a produção de carne bovina da JBS para o ano fiscal de 2025 também foram revisadas para cima, apesar de um declínio no abate de vacas. A relação de abate de novilhas e vacas deve se manter elevada em 2024, mesmo com uma redução de 1,3% ao ano. No setor de aves, há um aumento nos ovos em incubadoras para equilibrar a menor eclosão. A Seara pode enfrentar impactos pela doença de Newcastle e mudanças nos mercados de exportação, mas as perspectivas nos Estados Unidos são positivas. Uma plataforma diversificada deve mais uma vez desempenhar um papel chave na tese de investimento da JBS.

Em termos de valuation, a JBS deve negociar a 12% de rendimento de fluxo de caixa livre para a empresa (FCF), mantendo uma visão construtiva sobre JBS, com uma recomendação outperform (o equivalente a compra) para o papel, com preço-alvo de R$ 39,00, o que representa um potencial de valorização de 24% sobre o valor de segunda-feira (22/07). Quanto a BRF, o Itaú BBA avalia que a confirmação da doença de Newcastle em aves comerciais no Rio Grande do Sul (RS) pode, em última análise, afetar o momento de lucros para a indústria brasileira de frango. Embora ainda não haja informações claras sobre possíveis novos casos a serem detectados e a duração dos embargos, observa-se que a disposição para capitalizar uma sólida tendência operacional esperada no segundo trimestre do ano pode ser parcialmente compensada pela incerteza nos próximos trimestres. O cenário pode levar os investidores a revisarem suas expectativas para o ano fiscal de 2024 caso os embargos existentes continuem por mais tempo.

A recomendação para a BRF é marketperform (o equivalente a neutra), com preço-alvo de R$ 19,00, o que representa um potencial de desvalorização de 11% sobre o fechamento de segunda-feira (22/07). Para a Marfrig, espera-se que o rendimento de fluxo de caixa do acionista (FCFE) fique próximo do ponto de equilíbrio até 2025, dadas as condições desfavoráveis para a carne bovina nos Estados Unidos. O Itaú BBA mantém a visão neutra sobre Marfrig devido à incerteza em relação ao momento e intensidade do ciclo de baixa da carne bovina nos Estados Unidos. O desempenho recente das ações da Marfrig foi impulsionado por expectativas mais fortes para a BRF no curto prazo, o que pode ser interrompido pela proibição de exportação no mercado brasileiro de frango à frente. A recomendação para Marfrig é marketperform (neutra), com preço-alvo de R$ 14,00, o que representa um potencial de valorização de 24%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.