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23/Jul/2024

Leite: margens ao produtor se mantêm positivas

Apesar da alta nos custos de produção em junho, a valorização de 10,33% do leite pago ao produtor manteve positiva a margem bruta no período, com avanço de 34,28%, saindo de R$ 0,61 por litro em maio para R$ 0,82 por litro em junho, considerando-se a “Média Brasil” (Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). O Custo Operacional Efetivo (COE) subiu 0,93% em junho, frente ao mês anterior, na “Média Brasil”. Na parcial do ano, acumula recuo de 1,38%. Após cinco meses em queda, os custos com ração subiram 1,8% em junho, refletindo a valorização do farelo de soja, que começa a impactar no balcão das revendas. Além disso, há uma maior busca por compra de ração por parte dos produtores, visto a diminuição das chuvas em algumas regiões.

Na Região Sul do País (Rio Grande do Sul e Santa Catarina), o preço da ração subiu pelo segundo mês consecutivo, devido às fortes chuvas ocorridas nesse ano. O segmento de medicamentos foi marcado pela baixa oferta da vacina de brucelose, relatada tanto por pecuaristas como pelas casas agropecuárias. Quanto aos preços, medicamentos em geral, produtos de controle parasitário e vacinas apresentarem leve alta, ao passo que antibióticos se desvalorizaram 2,14%. O mercado de adubos e corretivos teve o segundo mês consecutivo de reação nas cotações, de 0,76% em junho, acumulando aumento de 1,44% nos últimos dois meses. Na parcial do ano, a variação é negativa em 4,46%. Em algumas regiões, os produtores buscaram adquirir insumos dessa categoria para a próxima safra de cultivo, elevando os preços de venda nas casas agropecuárias em junho. O mercado de defensivos agrícolas manteve a queda nos preços pelo quarto mês.

Com pouco acesso a crédito e baixo poder de compra por conta do resultado financeiro das principais commodities agropecuárias, a demanda por máquinas agrícolas seguiu enfraquecida em junho, com parte dos agentes relatando promoções e reduções de preço afim de garantir vendas. Para o estado de São Paulo, junho foi marcado pelo reajuste do salário-mínimo vigente, de 5,8%, refletindo em aumento nos custos ao produtor, de 5,62% no caso da mão-de-obra própria. Com a queda no preço do milho e a valorização do leite ao produtor, o poder de compra do pecuarista leiteiro segue ganhando força. Em maio/2024, foram necessários 21,73 litros de leite para adquirir 1 saca de 60 Kg do grão, 10,44% a menos que no mês anterior, e abaixo da média dos últimos 12 meses, de 26,6 litros por saca de 60 Kg de milho. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.