ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

18/Jul/2024

Leite: governo quer estimular aumento da produção

O governo federal quer estimular o aumento da produção de leite proveniente de pequenos produtores rurais. Fortalecer a bacia leiteira é uma das "engrenagens" do Plano Safra 2024/2025 da agricultura familiar, conforme o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. Tem dois produtos da cesta básica que receberão uma atenção especial para estimular a produção que são o arroz e o leite. A bacia leiteira foi muito atacada quando foi aberta a importação de leite, disse o ministro em referência à retirada do imposto sobre leite importado durante o governo Bolsonaro. Arroz e leite são produtos que o Brasil não precisa importar e podem até ser exportados em seus derivados. O ministro destacou que o governo adotou, desde o ano passado, uma série de medidas de socorro aos produtores e para frear as importações elevadas de leite e derivados, como o aumento da tarifa externa comum sobre produto importado de países de fora do Mercosul e linhas específicas de renegociação de dívidas e financiamento. De acordo com dados do governo, o valor gasto com importação de leite em pó caiu 19,3% no primeiro semestre deste ano ante igual período do ano passado e recuou 8,9% em volume na mesma base comparativa. A importação diminuiu muito.

O governo está revertendo a situação e fortalecendo a cadeia leiteira. Na ponta de estimular o aumento da produção, o Executivo lançou linhas de crédito específicas voltadas ao investimento na bacia leiteira com juros de 3% ao ano para financiamentos em genética animal, recuperação de pastos, aquisição de tanques de resfriamento de leite e ordenhadeiras dentro da política de crédito oficial. A ideia é prover melhoria genética e aumento do rebanho para o pequeno produtor ter maior produtividade. Há duas linhas específicas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) voltadas à produção de alimentos dentro do Plano Safra da agricultura familiar, que se estende até 30 de junho do ano que vem, com recursos subsidiados e juros de 3% ao ano para operações de custeio para produção convencional e de 2% ao ano para produção agroecológica. São juros negativos do ponto de vista financeiro com forte subsídio do governo. Outra área prioritária no Plano Safra 2024/2025 da agricultura familiar será o microcrédito por meio do Pronaf B, voltado ao financiamento de famílias agricultoras com renda de até R$ 50 mil por ano.

A ampliação do limite de crédito para as famílias passou de R$ 10 mil para R$ 12 mil e, para as mulheres, de R$ 12 mil para R$ 15 mil, com a criação de um limite independente para jovens rurais de R$ 8 mil. É um programa que roda muito bem na Região Nordeste com Fundo Constitucional e inclui os produtores mais pobres no crédito e na assistência técnica. Agora, junto com as instituições financeiras, haverá a extensão para as Regiões Norte e Centro-Oeste. Na safra passada, as operações do microcrédito cresceram 34% para 879 mil contratos e 94% em volume de recursos, para R$ 5,94 bilhões. Segundo o ministro, as garantias utilizadas nos Fundos Constitucionais das Regiões Norte e Centro-Oeste foram equiparadas às da Região Nordeste e a metodologia utilizada pelos agentes financeiros foi compartilhada com bancos regionais das Regiões Norte e Centro-Oeste. Isso será testado em todo o Brasil. Onde não tem fundo constitucional, foi lançado um fundo de aval para produtor e cooperativa tomar empréstimo quando não tem mais garantia. Agora, há fundo garantidor para os financiamentos do Pronaf em todo o País, com o Fundo Garantidor de Operações (FGO), o Fundo de Amparo às Micros e Pequenas Empresas do Sebrae (para cooperativas) e o Fundo Garantidor para Investimentos com o BNDES (FGI/BNDES para cooperativas).

De acordo com o ministro, os fundos de aval lançados pela pasta com BNDES e Sebrae já estão disponíveis. Quanto ao FGO, foi pedida validação da Câmara dos Deputados por meio de projeto de lei para uso do FGO no Pronaf, pontuou sobre a inclusão dos agricultores familiares do Pronaf e suas cooperativas no rol de beneficiários do FGO. De acordo com o ministro, outro pilar do Plano Safra familiar é nacionalizar o acesso ao crédito aos pequenos produtores. Atualmente, 3 milhões de agricultores familiares estão habilitados a acessar os programas governamentais registrados em Cadastros Nacionais da Agricultura Familiar (CAFs) ou Declarações de Aptidão ao Pronaf (DAPs). O Plano Safra 2024/2025 para agricultura familiar em sua totalidade tem mais recursos, juros menores e mais degraus para o produtor acessar o financiamento, com garantia que o recurso vai chegar a todos. O Plano Safra 2024/2025 da agricultura familiar tem R$ 76 bilhões em recursos para financiamento de pequenos produtores. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.