16/Jul/2024
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em previsão divulgada em outubro/2023, esperava que as exportações brasileiras de carne de frango chegariam aos 5,024 milhões de toneladas em 2024. Tal projeção (considerando apenas o produto in natura, mas excluindo pés/patas de frango) sofreu a primeira correção para baixo em janeiro/2024, quando o volume previsto caiu para 4,925 milhões de toneladas. Foi retificado outra vez, porém, para cima, em abril, passando para 4,975 milhões de toneladas. Na previsão mais recente, de 12 de julho, há novo rebaixamento e o retorno às 4,925 milhões de toneladas sugeridas na primeira previsão de 2024. Mesmo assim, as exportações brasileiras serão 3,3% maiores que as de 2023.
Para os Estados Unidos, a previsão é de redução de 4,5% nas exportações de carne de frango. Com isso, o total de 2024 pode recuar mais de 7%, retroagindo a pouco mais de 3 milhões de toneladas, volume que não era registrado desde 2017, quando os Estados Unidos começaram a sair de fortíssima retração nas exportações ocasionada pela Influenza Aviária. Esta, agora, surge novamente como uma das principais causas da queda prevista. A queda anual entre os cinco maiores exportadores ficará restrita aos Estados Unidos, enquanto União Europeia e China devem registrar expansão maior que a brasileira, o total exportado pelo grupo deve aumentar pouco mais de 1%, índice bem inferior ao previsto para os demais exportadores (+7,6%).
No balanço final, as exportações mundiais, da ordem de 13,840 milhões de toneladas, deverão conter um adicional anual próximo de 300 mil toneladas, mais da metade delas (158 mil toneladas adicionais) suprida pelo Brasil que, assim, passará a deter 35,6% das exportações mundiais. Interessante notar, neste caso, que a participação brasileira será 20% maior que a registrada em 2020, ano em que as exportações do Brasil responderam por 29,6% do total mundial. Nesse período, participação dos Estados Unidos recuou 14% e a da União Europeia, mais de 19%. Fonte: AviSite. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.