ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

11/Jul/2024

Boi: preços seguem sustentados no mercado físico

A divergência quanto aos preços entre pecuaristas e indústrias no mercado físico do boi gordo está, por ora, mais favorável aos produtores. Após alguns meses de pressão, ao longo do primeiro semestre, a cotação do boi gordo tem flutuado entre a estabilidade dos preços e algumas altas pontuais. Os fatores que dissiparam a pressão envolvem a continuidade do ritmo acelerado da exportação, uma tendência que se mantém firme no começo do segundo semestre, e a maior retenção de bois terminados pelos pecuaristas, o que reduz as opções de negociações pela indústria.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado entre R$ 220,00 e R$ 225,83 por arroba a prazo. As escalas de abates atendem 18,9 dias. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 214,50 por arroba. Um altista para a cotação pode estar vindo da redução de abate de fêmeas, o que deverá representar um ajuste na dinâmica de produção e abate bovino. O mercado futuro também tem dado indicativos de valorização do boi gordo. Além disso, o ritmo de exportação continua elevado, com perspectivas positivas para o segundo semestre, seja pelo histórico de maior volume de compras no período ou pela valorização do dólar, o que contribui para a competitividade da carne bovina brasileira no mercado internacional.

O consumo interno, outro fator importante para definir o rumo dos preços, também está em bom nível neste início de julho, mas o mercado monitora os debates sobre a possível inclusão da carne na cesta básica com imposto zero na regulamentação da reforma tributária e seus eventuais efeitos sobre o poder de compra da população. Dados da indústria de proteína animal indicam que o consumo nacional de carnes pode cair de 40 Kg per capita por ano para 30 Kg per capita por ano se as proteínas estiverem no rol de produtos com alíquota reduzida em 60%.