11/Jul/2024
Os frigoríficos nacionais têm intensificado as compras de novos lotes de suínos para abate neste mês. Algumas unidades, inclusive, têm adquirido suínos além da programação normal, visando conseguir atender a pedidos. Isso acontece porque as demandas doméstica e externa por carne suína estão bastante aquecidas. No mercado doméstico, a maior procura se deve sobretudo ao período de início de mês. No caso do front externo, o escoamento diário da carne suína está em ritmo recorde. Na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o valor do suíno vivo tem forte alta de 5,6% de junho para julho, indo a R$ 7,35 por Kg na parcial deste mês.
Em Santa Catarina, na região oeste, o suíno vivo é comercializado à média de R$ 7,05 por Kg em julho, expressivo avanço de 9,4% em relação à do mês anterior. No Rio Grande do Sul, a região de Erechim apresenta a maior alta do Estado, de 6,3%, com a média a R$ 6,99 por Kg na parcial de julho. No Paraná, na região de Arapoti, o avanço é de 6,39% de junho para julho, a R$ 7,49 por Kg neste mês. Diante das fortes valorizações do suíno vivo nesta parcial de julho, o poder de compra do produtor de São Paulo frente aos principais insumos da atividade (milho e farelo de soja) vem registrando alta frente ao verificado no mês anterior. As cotações do derivado da oleaginosa registram apenas um tímido avanço de junho para esta parcial de julho, ao passo que as do milho registram recuo.
Neste último caso, ressalta-se que o poder de compra do suinocultor de São Paulo frente ao milho é o maior desde novembro de 2020, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de junho/2024). Dessa forma, considerando-se o suíno comercializado na região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), e os insumos negociados no mercado de lotes da região de Campinas (SP), o suinocultor consegue comprar, em julho, 7,28 Kg de milho com a venda de 1 Kg de suíno vivo, quantidade 10,7% maior que a de junho. Em relação ao farelo de soja, o suinocultor pode comprar 3 Kg em julho, 8,7% a mais que no mês anterior. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.