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29/Ago/2019

Suíno: PSA pode reduzir plantel da China em 50%

Segundo o Rabobank, o plantel de suínos na China deve cair 50% em 2019 em decorrência da peste suína africana (PSA), o que implicaria redução de cerca de 25% na produção de carne suína do país este ano. Para o ano que vem, a produção pode continuar caindo, entre 10% e 15%, enquanto o rebanho pode se estabilizar ou cair ainda mais. Até o momento, as perdas no plantel da China estão estimadas entre 30% e 40%. As perdas em termos de produção de carne suína da China este ano devem ser de 13 milhões de toneladas. Numa projeção otimista, com o aumento na produção das demais proteínas no país, a queda pode ficar em 8 milhões de toneladas.

A China representa cerca de metade da produção global de carne suína. Nas demais regiões produtoras do mundo, não há tempo para aumentar a produção tão significativamente a ponto de o déficit chinês ser preenchido. Os preços do suíno no país estão em níveis recordes, de 25 yuan por Kg, enquanto o recorde anterior era de 21 yuan por kg, nível de cerca de dois anos atrás. Em algumas regiões do país, o preço está ainda mais alto e pode avançar. Preços de carne bovina e de frango também estão em níveis recordes ou próximos deles. Como consequência, a produção e o consumo de frango na China nos próximos dois anos devem ter crescimentos consideráveis.

Entretanto, existem perigos de biossegurança na avicultura chinesa, caso pequenos produtores de suínos, que têm baixos índices de segurança sanitária, migrem para a produção de frango. No longo prazo, o consumo de carne suína na China deve recuar 10%, podendo ser mais, dependendo de como a doença se desenvolver. Também no longo prazo, é provável que haja uma mudança na suinocultura chinesa: pequenos produtores devem ser suprimidos por grandes produtores, integrados, com desempenho técnico maior e mais segurança. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.