29/Ago/2019

Na China, os preços da carne suína aumentaram 16% em 10 dias no varejo. Segundo dados do Ministério de Comércio da China, o preço médio do produto, excluindo miudezas, na semana encerrada em 23 de agosto foi de 31,77 yuans por Kg (US$ 2,02 por libra-peso). A alta do preço do produto teve impacto de 0,59% na inflação de 2,8% em julho, o ritmo mais forte em 18 meses. A oferta de suínos no país está apertada em virtude da disseminação da peste suína africana (PSA). Embora o governo tenha implementado medidas para aumentar a produção de carne suína, esse tipo de prática não será suficiente no que diz respeito à escassez de suínos no curto prazo.

A produção chinesa deve recuar 30% até o fim deste ano. O plantel de suínos da China diminuiu 32% em 2019 até julho, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país. Os preços da carne suína na China provavelmente permanecerão elevados por algum tempo. Os criadores abateram tantos suínos que levará algum tempo para normalizar a oferta. Se a população sentir que a inflação dos alimentos está subindo, isso pode estimular mudanças em políticas do governo.

O governo da China busca aumentar a produção local de carne suína, por meio de subsídios para frigoríficos, para aliviar o impacto sobre os preços, mas o número de suínos continua caindo. A peste suína africana foi identificada na China em julho do ano passado, mas o impacto sobre os preços está sendo observado somente agora. Alguns produtores que temiam que seus plantéis fossem contaminados buscaram vender rapidamente seus suínos, gerando um excesso de oferta no fim de 2018 e no início de 2019. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.