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09/Jul/2024

Lácteos: tendência é de avanço nas importações

No mês de junho, as importações de lácteos voltaram a crescer, gerando um recuo no saldo da balança comercial de lácteos. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o saldo registrado no mês chegou a -173 milhões de litros em equivalente-leite, registrando um recuo mensal de 31 milhões de litros em relação a maio. As exportações de lácteos voltaram a crescer no último mês. Com 4,6 milhões de litros em equivalente-leite exportados em junho, o avanço mensal foi de 3%, porém, ficando abaixo do resultado obtido em junho de 2023. As importações de junho voltaram a apresentar alta mensal, retornando ao patamar que estava sendo observado anteriormente. Ao todo, foram importados 177,9 milhões de litros em equivalente leite, registrando um aumento mensal de 21,6%, no entanto, ficando abaixo do obtido no mesmo período em 2023.

Em relação às categorias importadas no último mês, diversos produtos apresentaram avanço em seus volumes importados, entre eles se destacam os leites em pó integral e desnatado, que avançaram 31% e 56% respectivamente. Outros produtos de menor relevância dentro das importações recuaram durante o mês de junho, como os iogurtes, os leites modificados e o grupo de outros produtos lácteos. Sobre as exportações, os maiores volumes ficaram com os grupos de queijos, creme de leite e leite condensado. Dentre os produtos de menor relevância nas exportações, o leite em pó semi-desnatado e o leite em pó desnatado, apresentaram fortes avanços percentuais, de 72% para o semi-desnatado e 97% para o desnatado. Enquanto as exportações de iogurtes (-11%), manteigas (-15%) e queijos (-23%) apresentaram recuos no último mês.

Até o momento, os principais produtos lácteos importados seguem mais competitivos em preço do que os produtos locais, gerando assim expectativas de que as importações se mantenham em níveis elevados no curto prazo, seguindo a tendência observada até junho. Além disso, ao avaliar a disponibilidade de exportação por parte dos fornecedores, é relevante notar que, apesar da queda na produção de leite na Argentina e Uruguai nos últimos meses, ambos os países estão agora entrando em seu período de safra do leite, implicando em um aumento progressivo em suas respectivas produções de leite nos próximos meses, garantindo disponibilidade para exportações ao Brasil. Quanto aos preços, é importante destacar que o Brasil ainda compra em valores acima do mercado praticado no Global Dairy Trade (GDT) por esses produtos importados. Portanto, uma estratégia que pode ser adotada por nossos exportadores é de considerar a redução de preços como uma medida para manter a competitividade e continuar a fornecer para o mercado brasileiro. Fonte: MilkPoint. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.