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04/Jul/2024

Lácteos: preços internacionais registram recuos

Os preços internacionais dos principais derivados lácteos apresentaram diminuições no 359º leilão de lácteos da plataforma GDT, realizado na terça-feira (02/07). O GDT Price Index (média ponderada dos produtos) ficou em US$ 3.782,00 por tonelada, com uma queda de 6,9% em relação ao evento anterior. As principais categorias acompanhadas e negociadas apresentaram quedas em suas cotações. Nesse cenário, o destaque ficou para a categoria da manteiga, que após uma forte valorização no último evento (+7%), voltou a recuar, obtendo uma diminuição de 10,2% e sendo negociada na média de US$ 6.546,00 por tonelada. O leite em pó desnatado também registrou baixa, sendo negociado na média de US$ 2.586,00 por tonelada, representando uma queda de 6,1%; da mesma forma, o leite em pó integral apresentou uma queda de 4,3% sendo negociado na média de US$ 3.218,00 por tonelada. No primeiro leilão de julho, o volume negociado apresentou forte aumento.

Com um total de 24.138 toneladas sendo negociadas, foi gerado uma alta de 43,8% em relação ao volume negociado no evento anterior. No mercado futuro de leite em pó integral na Bolsa de Valores da Nova Zelândia, as projeções indicam uma queda nos preços do leite em pó integral em comparação com os valores atuais. O expressivo aumento do volume ofertado no último leilão colaborou para a mudança do equilíbrio entre oferta x demanda, refletindo no recuo dos preços observados. Além disso, para os próximos meses, as perspectivas são de que o mercado mundial deve seguir mais abastecido, apesar da produção dos países exportadores do Mercosul (Argentina e Uruguai) estarem mais fraca nos últimos meses. Do lado da demanda, espera-se um mercado pouco comprador, especialmente com continuidade do ritmo mais lento das aquisições da China, o que tende a manter os preços em níveis baixos. Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e Uruguai, que atualmente praticam preços acima do GDT.

Isso se dá pela Tarifa Externa Comum (TEC), que chega a quase 30% para importações de fora do Mercosul. As importações futuras brasileiras continuarão sendo influenciadas principalmente pela competitividade de preços entre os produtos importados e os produtos locais, além da disponibilidade dos nossos fornecedores internacionais de lácteos (Argentina e Uruguai). Em relação à competitividade de preços, mesmo com o forte e recente aumento da taxa de câmbio, o produto importado deve permanecer competitivo, pois, para os vendedores do Mercosul, será mais vantajoso reduzir os preços de venda ao Brasil do que vender a outros mercados a valores próximos aos praticados no leilão GDT. Em termos de disponibilidade, a Argentina e o Uruguai iniciam o período de crescimento sazonal das suas produções, aumentando a oferta nesses países. Fonte: MilkPoint. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.