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04/Jul/2024

“Carne” vegetal não deve ser consumida em excesso

O termo “plant-based” pode ainda não ser muito conhecido, mas é possível encontrar muitos exemplos dele nos supermercados. Sua tradução literal é “à base de plantas”, e o objetivo é substituir a proteína animal na alimentação. As “carnes vegetais” ou os “análogos à carne” buscam equiparar-se às proteínas de origem animal. Trata-se de alguma preparação que se destine a substituir a carne animal, seja em termos de nutrientes, como proteínas, ferro, vitamina B12, ou apenas em termos culinários, com algum preparo que lembre o sabor, a cor ou a textura da carne, mas que não necessariamente tenha um teor nutricional parecido. São diversas as pesquisas que falam que o consumo de carne vermelha, por exemplo, faz mal à saúde. Seria intuitivo pensar que, por ter origem vegetal, essas “carnes vegetais” seriam mais saudáveis.

Porém, é importante relembrar que boa parte desses produtos são considerados ultraprocessados porque são feitos à base de misturas de proteínas vegetais concentradas, como proteína de soja ou de ervilha. Eles também têm adição de gorduras vegetais, além de aditivos como corantes, aromatizantes e glutamato monossódico para melhorar o aspecto e o sabor. Tema muito abordado na área alimentar, os ultraprocessados não são propriamente alimentos, mas, sim, formulações de substâncias. Essas incluem açúcar, óleos e gorduras de uso doméstico, mas também isolados ou concentrados proteicos, óleos interesterificados, gordura hidrogenada, amidos modificados e várias substâncias de uso exclusivamente industrial, conforme a Classificação Nova. Esses alimentos plant-based passam por diversos processos industriais até o produto final.

Como alternativa, para manter uma alimentação saudável, sustentável e diminuir o consumo de proteína animal, ressalta-se a importância de alimentos in natura. Não é necessário ocupar o lugar da carne no prato com algum produto análogo industrializado. Só é preciso incluir outras fontes vegetais de proteínas em vários momentos do dia. Como exemplo, pode-se citar o tão famoso arroz com feijão. Ele oferece um bom teor de proteínas ou, também, variações dos mesmos grupos, como milho e ervilha numa salada, aveia sobre frutas picadas no café da manhã, um mix de castanhas de lanche da tarde, contam na balança para suprir a necessidade diária de proteínas. As quantidades podem variar de pessoa para pessoa, conforme as necessidades individuais, prática de atividade física, fase da vida. Por isso, sempre que possível, vale a pena consultar um nutricionista para ter uma orientação mais individualizada. Fonte: Jornal da USP. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.