02/Jul/2024

O Ministério da Agricultura defende que o Brasil se antecipe a futuras imposições sanitárias de países que importam carne bovina produzida no País para defender a adoção de um sistema nacional de rastreabilidade. Não é só a União Europeia que deseja rastreabilidade. Outros países podem passar a fazer exigências. A Secretaria de Defesa Agropecuária lidera a iniciativa para adoção de um sistema de rastreabilidade por meio da identificação individual dos bovinos. Sobre rastreabilidade, pode-se confrontar, pautar ou ser pautado. A discussão sobre rastreabilidade não é sobre se será feita, mas como será implementada.

Há necessidade de melhorar a comunicação do setor agropecuário brasileiro. A produção é de excelência, mas há uma desconexão na comunicação da atividade. A demanda por transparência e responsabilidade socioambiental está crescendo, não apenas por parte de consumidores estrangeiros, mas também entre os brasileiros. A cachaça é um exemplo: os consumidores querem saber onde e como o produto é fabricado, quem produziu, onde produziu e como produziu. Essas são as perguntas que movem o consumidor brasileiro.

É essencial compreender as necessidades dos brasileiros, que consomem 70% da carne bovina produzida no País, e adaptar a produção para atender tanto o mercado interno quanto o externo. É preciso saber o que os consumidores da carne bovina do Brasil querem na sua proteína. Não é possível pensar só no importador. Além disso, é importante medir e comunicar adequadamente os impactos ambientais da produção agropecuária, como a emissão de metano pela pecuária. Seria interessante a criação de estratégias para rastrear e comunicar esses aspectos, visando atender às novas demandas do mercado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.