02/Jul/2024
Conforme dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as fortes chuvas no Rio Grande do Sul resultaram em prejuízos estimados em R$ 330 milhões para o setor de aves e suínos. Além das mortes de animais, as enchentes danificaram estruturas de produtores e indústrias, provocando perdas de estoques, embalagens, insumos, matérias-primas, veículos, móveis, utensílios, máquinas e equipamentos. O Rio Grande do Sul, terceiro maior produtor de carne de frango do País e terceiro em exportações, sofreu consideráveis impactos com dez unidades produtoras de carnes de aves e suínos paralisadas ou operando com dificuldades extremas.
As indústrias enfrentaram obstáculos no processamento de insumos e transporte de colaboradores, além de restrições no fluxo de insumos e escoamento da produção devido às rodovias bloqueadas. De acordo com a Organização Avícola do Rio Grande do Sul (AO/RS), as enchentes resultaram na morte de 3,6 milhões de aves, incluindo aves de corte, poedeiras e matrizes, além da perda de 1,6 milhão de ovos férteis. Os danos às estruturas das propriedades e a inadimplência dos produtores somaram prejuízos estimados em R$ 250 milhões. Problemas na rede elétrica, destruição de tubulações, geradores, caixas d’água, comedouros, bebedouros e ninhos também foram relatados.
Na suinocultura, as perdas chegaram a R$ 80 milhões, segundo o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (Sips). A Associação Riograndense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RS) relatou a morte de quase 15 mil suínos e danos a 932 pocilgas e equipamentos, dificultando o transporte de ração. A Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) estimou perdas diretas de mais de R$ 40 milhões devido à destruição de pocilgas. Apesar da destruição em um dos principais Estados produtores de carne suína, o abastecimento interno e as exportações não devem ser comprometidos, pois 70% das plantas não foram afetadas pela tragédia climática, e a produção continua, ainda que com algumas limitações. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.