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27/Jun/2024

Boi: preços estão se recuperando no mercado físico

Nesta virada de semestre, aumentou a dispersão dos preços coletados e a disparidade entre os comentários a respeito das condições do mercado. Depois das sucessivas quedas ao longo do primeiro semestre, a percepção é de que os agentes estão em busca de preços que se ajustem melhor às condições atuais. Neste mês, o preço médio do boi gordo em São Paulo se manteve em baixa até o dia 10. Desde então, tem se recuperado, acumulando alta de 1,92% sobre o encerramento de maio, cotado a R$ 225,40 por arroba. No mercado futuro (B3), o ajuste do contrato Junho/2024 está cotado a R$ 225,75 por arroba, praticamente o mesmo do verificado no início do mês. Nas coletas diárias, nota-se que a oferta de bois a pasto para abate diminuiu consideravelmente, ao mesmo tempo em que aumentam os lotes de confinamento no preenchimento das escalas.

Esses bovinos tradicionalmente obtêm os valores mais altos do intervalo vigente, e isso tem feito com que os preços médios do estado de São Paulo e de outras regiões apresentem pequenas altas nas últimas semanas. Olhando para frente, convém analisar as previsões climáticas, as estimativas de volumes confinados e a tendência das exportações. O inverno terá influência do La Niña, diferentemente do ano passado, quando houve a atuação do El Niño. No geral, tanto para a Região Sudeste quanto para a Região Centro-Oeste, as previsões são de tempo seco e temperaturas acima da média. A oferta de pastagens, portanto, deverá ser escassa. Segundo informações da Climatempo, a Região Sudeste terá tempo seco, principalmente no interior de São Paulo e de Minas Gerais, com várias regiões desses Estados podendo passar julho e agosto sem nenhuma chuva. Em geral, as temperaturas deverão estar relativamente altas para a época, mas as ondas de frio que chegarem à Região Sudeste em julho podem causar mais geadas que em 2023. Setembro também deve continuar seco, com chuvas abaixo da média e calor mais intenso.

Na Região Centro-Oeste, a situação será parecida, com inverno muito seco em todas as áreas, quase sem chuva em julho e agosto. Com a passagem de frentes frias, podem ocorrer temporais em partes de Mato Grosso do Sul, mas serão poucos. Para setembro, são estimadas algumas poucas pancadas de chuva no norte de Mato Grosso e de Goiás. Em julho, serão poucos os dias frios; em agosto, devem ser mais frequentes. No sudoeste de Mato Grosso do Sul, há risco de frio intenso e geadas. Ainda que sejam estimados mais dias frios do que no ano passado, os períodos de calor serão mais quentes. Para setembro, são previstas ondas de calor. Nos confinamentos, o volume de bovinos no final de maio estava 18% menor que a média do período nos últimos três anos, segundo levantamento da empresa DSM-Firmenich. A análise individualizada da relação de troca de boi gordo por boi magro neste e nos próximos meses, no entanto, pode estimular o fechamento de mais bois ainda para o segundo semestre. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.