26/Jun/2024
O ritmo elevado de embarques externos de proteína bovina tem ajudado a sustentar a cotação no mercado físico do boi gordo. Após meses recentes de recorde, os níveis de exportação têm se sustentado próximos aos de 2023 em junho, ainda que levemente acima da média, o que contribui para dar apoio aos pecuaristas nas negociações. Isso pode ser, inclusive, um suporte importante nesta última semana do mês, que costuma ser marcada pela queda na procura pelo consumidor no mercado local.
O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) destaca que o preço do boi gordo brasileiro é o menor em junho dentre os principais países produtores de carne, resultado, principalmente, da alta oferta de bovinos. Assim, o boi gordo está cotado a US$ 37,76 por arroba em Mato Grosso e a US$ 40,91 por arroba em São Paulo. Na Argentina e no Paraguai, o preço é de US$ 44,36 por arroba e US$ 46,20 por arroba, na mesma ordem. Nos Estados Unidos, o preço é de US$ 112,02 por arroba.
A menor cotação do boi gordo no Brasil perante os principais países pode favorecer o produto no âmbito externo. O intenso ritmo das exportações de carne, que se sobressaiu à elevada oferta de gado nas indústrias, tem ajudado a sustentar os preços em Mato Grosso, com a cotação em torno dos R$ 202,00 por arroba. Mediante o cenário de escalas alongadas, a tendência é que os preços se mantenham estáveis até o fim de junho.
O ritmo de negócios é lento no mercado físico brasileiro, o que pressiona as cotações em algumas regiões pecuárias. A indústria, com escalas alongadas, opta por avaliar os estoques em busca da definição da estratégia para as negociações. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 217,00 por arroba a prazo. As escalas estão preenchidas por 17,5 dias, em nível confortável para os frigoríficos. Na Bahia, o boi gordo é negociado a R$ 197,85.