25/Jun/2024
Ingerir proteína nas refeições é a recomendação de médicos e nutricionistas em uma dieta equilibrada. Além das fontes tradicionais, outras alternativas ajudam a controlar a ingestão diária do nutriente. No futuro, carne de laboratório e insetos, como grilos e gafanhotos, podem cumprir esta função. É isso que sugere um novo estudo realizado por cientistas da Universidade de York, no Reino Unido. Eles afirmam que estes ingredientes, ainda pouco explorados, principalmente no Ocidente, serão a base alimentar da humanidade até 2054.
Nos últimos 30 anos, houve avanços científicos em produtos mais sustentáveis que eram inimagináveis para a maioria em 1994. Produtos derivados de culturas de plantas, como glúten de trigo ou leguminosas, ou cultivados a partir de tecidos animais, estão na lista. As dietas seguirão necessitando de proteínas, carboidratos e legumes e verduras. Mas, no caso das proteínas, as substituições serão por carnes cultivadas em laboratório, e não mais apenas provenientes de abates de bovinos, suínos ou aves. Uma das razões são as mudanças climáticas.
Na pesquisa da Universidade de York, 70 mil pessoas foram entrevistadas sobre o impacto que a produção de alimentos, como a carne, impactam o mundo, e 72% revelaram preocupação com os próximos anos. A carne de laboratório, por exemplo, encaixa no padrão da sustentabilidade por não emitir gases nocivos ao ambiente e não usar o solo e a água, diferente da atividade pecuária. Feita de células e sem matar animais, a carne de laboratório promete revolução na pecuária.
Conforme a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), do total das emissões de gases do efeito estufa pelo rebanho global, 44% são na forma de metano, 29% correspondem ao óxido nitroso e 27% ao dióxido de carbono. No caso da inclusão dos insetos, a explicação está no valor nutricional que possuem e oferecem a quem os consome, como energia, gordura, proteína e fibras, sendo alternativa às carnes convencionais.
A FAO completa que, dependendo do animal, também podem ser fontes de três micronutrientes: zinco, cálcio e ferro. As alterações climáticas vão continuar impactando o planeta, mas a mudança sobre a produção local também será vista. À medida em que se enfrenta os desafios das mudanças climáticas, é preciso abraçar inovações para garantir a alimentação de uma população crescente de maneira sustentável. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.