24/Jun/2024
Segundo a JBS, há complexidade e desafios para a implementação eficaz da rastreabilidade no Brasil. Apesar de muitos debates, ainda há poucas conclusões e formas de monetização, o que penaliza indústrias, produtores e toda a cadeia. O principal obstáculo para a rastreabilidade é o “monopólio do Ministério da Agricultura, que trata a informação como sigilo bancário”. A legislação brasileira prioriza a privacidade e impede a divulgação de informações cruciais sobre fornecedores intermediários, mesmo pelo Ministério da Agricultura. A indústria pede ‘desesperadamente’ por informação, mas enfrenta um dilema entre privacidade e transparência. Mesmo com esforços da indústria, a falta de informações completas sobre o transporte dos bovinos não garante a sustentabilidade e as condições de vida dos rebanhos nos fornecedores intermediários.
Na Europa, por exemplo, a rastreabilidade é incentivada por subsídios, contrastando com os Estados Unidos, onde a privacidade e aspectos financeiros são priorizados. Além da rastreabilidade, outras iniciativas fundamentais para a sustentabilidade na cadeia produtiva da pecuária são importantes, como pesquisas sobre os ciclos da atmosfera, especificamente sobre as emissões de metano e CO2, para buscar ciclos virtuosos de sustentabilidade. A pesquisa genética também é relevante e as carnes de laboratório são potenciais soluções sustentáveis. Embora essas pesquisas ainda estejam em desenvolvimento, elas são essenciais para o futuro da produção de carne e estão no radar da JBS para os próximos cinco a dez anos. Iniciativas de sustentabilidade e inovação, como pesquisas atmosféricas e carnes de laboratório, são vistas como essenciais para o futuro da indústria. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.