21/Jun/2024
Com a estabilidade nos custos de produção da pecuária leiteira e a valorização de 4,84% do leite em maio, a margem bruta do produtor avançou 24% no período. A margem bruta saiu de R$ 0,49 por litro em abril para R$ 0,61 por litro em maio, considerando-se a “Média Brasil” (Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). O Custo Operacional Efetivo (COE) ficou estável em maio frente ao mês anterior na “Média Brasil”, após a queda observada em abril.
Os custos com ração se mantiveram em queda no mês (-0,45% de abril para maio), influenciados sobretudo pela desvalorização do milho. Apesar da baixa, maio foi marcado por incertezas, visto que as fortes chuvas e inundações que ocorreram na Região Sul do País prejudicam a produção de grãos, o que pode influenciar no custo da ração ao longo do ano. Com o fim da campanha de vacinação, muitos produtores adquiriram outros medicamentos para realizar o manejo, movimento que deve diminuir nos próximos meses.
Quase todos os grupos de medicamentos registraram preços estáveis, exceto os antibióticos, que se valorizaram 1% na “Média Brasil” entre abril e maio. Em regiões com maior cultivo de grãos, o baixo investimento por parte dos produtores (devido ao acesso limitado ao crédito e pela menor rentabilidade da atividade) mantiveram as vendas de máquinas agrícolas enfraquecidas. O mesmo foi observado para o mercado de adubos, corretivos e defensivos agrícolas.
Apesar dos preços estáveis ao longo do mês, colaboradores indicam a baixa procura por esses produtos em maio. Com a queda no preço do milho e a valorização do leite pago ao produtor, o poder de compra do pecuarista leiteiro segue ganhando força. Em abril/2024, o produtor precisou de 24,3 litros de leite para adquirir uma saca de 60 Kg do grão, abaixo da média dos últimos 12 meses, de 26,6 litros para 1 saca de 60 Kg de milho. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.