20/Jun/2024
O volume de carne bovina disponível no mercado interno voltou a aumentar de abril para maio, período considerado “final de safra”. Cálculos indicam que 613,54 mil toneladas de carne estiveram disponíveis no atacado nacional em maio, aumento de 11,6% em relação ao estimado para abril. No balanço do ano (de janeiro a maio), a disponibilidade interna é a maior para o período desde 2018, somando cerca de 2,972 milhões de toneladas. Esse volume é 14,6% superior ao do mesmo período de 2023. No estado de São Paulo, o aumento da oferta chega a 12,4%; e em Minas Gerais, a 29,9%. No maior produtor de carne do País, Mato Grosso, a disponibilidade interna cresceu 26,4%. Somente em Goiás que houve diminuição no comparativo deste ano frente ao anterior, de 7,7%. Os preços do boi gordo em queda ao longo do ano deixam claro que a demanda não acompanhou a “fartura” que saiu das fazendas.
As exportações, como de costume, seguem muito firmes e foram recordes no acumulado de janeiro a maio. No comparativo com o mesmo período de 2023, o avanço foi de 34,4%, enquanto as importações, já pequenas, recuaram 13,1%. A mensuração do consumo dos brasileiros é menos precisa e, em geral, evolui com variações comedidas, em função principalmente das alterações dos preços da carne, já que a renda agregada oscila em percentuais modestos. Como parâmetro do equilíbrio que tem sido obtido entre a oferta e a demanda interna, as cotações da carne no atacado de São Paulo também recuam neste ano, mas menos que os do boi gordo. A média da carcaça casada bovina em maio foi de R$ 16,12 por Kg, 11,82% menor que há um ano (valores deflacionados pelo IGP-DI).
A média de janeiro a maio foi de R$ 16,68 por Kg, o que representa a volta a patamares observados em 2019 para os cinco primeiros meses do ano. Quanto às exportações, a média dos embarques diários de carne bovina in natura foi de 9,725 mil toneladas até o dia 14 de junho, totalizando mais de 97,25 mil toneladas embarcadas no período. No mês passado, os envios diários tiveram média de 10,09 mil toneladas. Mantendo o ritmo atual, as exportações podem ultrapassar as 194 mil toneladas. Na parcial de junho, o preço médio está em US$ 4.454,48 por tonelada, menor valor desde novembro de 2020 (US$ 4.402,86 por tonelada). No comparativo com junho/2023, o preço em dólar baixou 11,9%. Os valores pagos pela China, especificamente, estiveram 11,6% menores na média de janeiro a maio deste ano em comparação com o mesmo período de 2023. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.