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20/Jun/2024

Lácteos: preços globais da manteiga estão em alta

Os preços internacionais dos principais derivados lácteos apresentaram movimentações distintas durante o 358º leilão de lácteos da plataforma GDT, realizado no dia 18 de junho. O GDT Price Index (média ponderada dos produtos) ficou em US$ 3.893,00 por tonelada, com uma queda de -0,5% em relação ao evento anterior. As categorias negociadas apresentaram tanto oscilações positivas como negativas. Sendo assim, o destaque ficou para a categoria da manteiga, que obteve uma valorização de 6,2% e foi negociado na média de US$ 7.350,00 por tonelada, atingindo a sua máxima histórica. O leite em pó desnatado também registrou alta, sendo negociado na média de US$ 2.766,00 por tonelada, representando uma alta de 0,7%. O leite em pó integral apresentou uma queda de -2,5%, sendo negociado na média de US$ 3.394,00 por tonelada.

No segundo leilão de junho, o volume negociado continuou apresentando queda. Com um total de 16.787 toneladas sendo negociadas, foi gerada uma diminuição de 4,8% em relação ao volume negociado no evento anterior. No mercado futuro de leite em pó integral na Bolsa de Valores da Nova Zelândia, as projeções indicam uma queda nos preços do leite em pó integral em comparação com os valores atuais. Apesar da redução na captação de leite em importantes países exportadores, como a Argentina, o volume total de produção de leite entre os principais exportadores tem mostrado recuperação no decorrer do ano. Em contrapartida, a demanda mundial tem permanecido estável, com grandes compradores, como a China, não demonstrando sinais de aumento no ritmo de compras, o que tem impossibilitado aumentos mais expressivos nos preços das principais commodities lácteas. Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e Uruguai, que atualmente praticam preços acima do GDT.

Isso se dá pela Tarifa Externa Comum (TEC), que chega a quase 30% para importações de fora do Mercosul. As importações futuras brasileiras continuarão sendo influenciadas principalmente pela competitividade de preços entre os produtos importados e os produtos locais, além da disponibilidade dos nossos fornecedores internacionais de lácteos (Argentina e Uruguai). Em relação à competitividade de preços, mesmo com aumento recente da taxa de câmbio e avanço dos preços praticados pelo Mercosul, os produtos importados (especialmente leites em pó e muçarela) seguem mais baratos do que o nacional, mantendo a atratividade para os compradores. Em termos de disponibilidade, a Argentina e o Uruguai iniciam o período de crescimento sazonal das suas produções, aumentando a oferta nesses países. Além disso, as vendas ao mercado brasileiro seguem sendo a valores superiores do que os oferecidos por outras regiões, o que colabora para manutenção da disponibilidade de lácteos para envios ao Brasil. Fonte: MilkPoint. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.