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18/Jun/2024

Frango: Turquia limita as exportações de carne

Emergente entre os grandes exportadores mundiais de carne de frango, a Turquia deveria exportar em 2024 perto de 500 mil toneladas do produto, volume inferior, somente, aos exportados por Brasil, Estados Unidos, União Europeia, Tailândia e China. Deveria, porque, diante dos altos preços que o frango vem registrando no mercado turco, o governo local decidiu limitar as exportações do produto. Conforme dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), dez anos atrás a Turquia já ocupava a sexta posição no ranking dos maiores exportadores mundiais do produto, exportando então volume em torno das 350 mil toneladas. Em 2022, a despeito de altos e baixos anuais, registrou aumento de mais de 70% no volume embarcado, chegando às 646 mil toneladas.

No ano passado, enfrentou queda de quase 30%, o volume exportado caindo para menos de 460 mil toneladas. Na primeira previsão para este ano (janeiro), o USDA indicou aumento de 6,5%, o que significaria volume em torno de 490 mil toneladas. Mas, em abril, o órgão reviu esse volume para baixo, sugerindo 480 mil toneladas. Agora, nem mesmo esse volume deve ser atingido, pois o Ministério do Comércio da Turquia limitou as exportações de carne de frango (inteiro e cortes) a um máximo mensal de 10 mil toneladas. Como a restrição retroagiu a 1º de maio, estendendo-se até 31 de dezembro de 2024, nesses oito meses o país deve exportar, no máximo, 80 mil toneladas do produto. A restrição imposta ao setor decorre do que vem sendo considerado pelo governo aumento abusivo no preço da carne de frango.

Assim, em maio, frente a um aumento anual de 75% na inflação turca, a mais alta dos últimos 18 meses, a carne de frango registrou aumento de 107%. Nos últimos seis meses, conforme o USDA, o aumento ficou próximo de 150%. Considerada coercitiva, a medida oficial pode ter efeito mínimo nos preços internos do frango. De um lado, porque, devido aos altos custos, a produção local de carne de frango vem retrocedendo. De outro, porque os custos continuam elevados. E não só os das rações e suas matérias-primas, mas também os da energia, gás e demais insumos. A despeito do aumento, o produto continua liderando o consumo local, pois é o mais acessível à população. Atualmente, segundo o USDA, 1 Kg de carne bovina moída está custando mais de R$ 90,00 no país. Fonte: AviSite. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.