11/Jun/2024
A semana no mercado físico do boi gordo deve ser de mais pressão. O descolamento entre a oferta abundante, confirmada pelo nível elevado de abates este ano e a perda de capacidade de suporte dos pastos, além da fraca demanda por carne bovina no mercado interno, fazem com que a indústria aproveite para propor valores abaixo da referência aos pecuaristas no momento de compra de bovinos para preenchimento das escalas.
O viés de baixa é esperado também devido à expectativa de continuidade do clima adverso para os produtores. A previsão é de que as condições climáticas adversas continuem aumentando a pressão sobre os preços no mercado físico nas próximas semanas, causando instabilidade no setor. A continuidade da pressão também reflete uma semana de vendas de carne bovina aquém do esperado. Havia a expectativa de que o mercado físico apresentasse algum viés de alta devido ao aumento do escoamento por conta do recebimento de salários no início do mês, mas isso não se concretizou.
A demanda ficou abaixo do esperado, resultando em quedas nos preços da carne com osso nos últimos dias da semana passada. Esse cenário contribui para pressionar os preços no mercado físico. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 217,00 por arroba; a vaca gorda, a R$ 195,00 por arroba; a novilha gorda, a R$ 210,00 por arroba; e o "boi China", a R$ 220,00 por arroba. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 200,00 por arroba e em Mato Grosso do Sul, a R$ 210,00 por arroba.