04/Jun/2024
Um segundo trabalhador de uma fazenda leiteira em Michigan (EUA) contraiu a gripe aviária, mas, desta vez, especialistas em saúde estão se dedicando a ele com particular atenção, já que se trata do primeiro caso nos Estados Unidos a envolver sintomas respiratórios agudos. O novo caso é o terceiro em humano globalmente ligado ao surto multiestadual de gripe aviária H5 em vacas leiteiras. Todos os três casos (um no Texas e dois em Michigan) envolvem trabalhadores expostos a vacas infectadas, mas os sintomas no caso mais recente variaram dos outros observados até agora. O terceiro trabalhador rural a contrair a gripe aviária relatou sintomas respiratórios agudos, enquanto os outros dois relataram apenas sintomas oculares. Quando o vírus está apenas nos olhos é mais difícil de transmitir para outras pessoas, mas com sintomas respiratórios é mais fácil de se disseminar devido à tosse.
De acordo com o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o risco para o público em geral continua baixo. Porém, o risco para os trabalhadores agrícolas, especialmente aqueles que têm contato direto com vacas leiteiras, é elevado. Até agora, os três casos foram transmitidos de bovinos para humanos, e não houve nenhum caso de transmissão de gripe aviária entre humanos. Há preocupação de que isso possa acontecer. Não há conhecimento da ocorrência de nenhum caso entre humanos, mas é precisamente assim que se gera uma próxima epidemia ou pandemia. Se o vírus sofrer mutação e se adaptar aos humanos, pode se espalhar de humano para humano. Até agora, a vacina contra a gripe aviária é feita com ovos, o que é representa outra grande preocupação.
O sistema de fabricação de vacinas anti-Influenza é baseado em ovos; a gripe aviária mata aves; as aves põem ovos, então todo o seu processo de fabricação está realmente em risco, potencialmente, pelo próprio vírus que você está tentando combater. Portanto, é preciso desenvolver alternativas à fabricação à base de ovos. Embora as vacinas baseadas em células sejam consideradas melhores, a maioria das empresas também investiu bilhões em linhas de produção à base de ovos, por isso não estão ansiosas para substituí-las. As autoridades tentaram afastar-se das vacinas à base de ovo em 2005 e novamente em 2009, mas com os recursos disponíveis, obtém-se o melhor retorno possível e o melhor valor para os contribuintes dos Estados Unidos quando se aproveita a infraestrutura sazonal, e isso ainda é principalmente à base de ovos, afirmou o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos. Fonte: CBS News. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.