22/May/2024
O 2º trimestre de 2024 iniciou com o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira em queda. Em abril, houve recuo de 1,88% na “Média Brasil” (Bahia, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul). Os custos menores somados à alta no preço do leite pago ao produtor resultaram em alta de 31% na margem bruta (o equivalente a R$ 0,12 por litro de leite), considerando-se a “Média Brasil”, de março para abril. A queda nos custos esteve atrelada sobretudo à desvalorização dos insumos voltados à dieta do rebanho.
Na “Média Brasil”, os gastos despendidos com esse grupo caíram 3,65% em abril, com recuos maiores na Região Sul do País, de 1,4%. As baixas nos preços da ração permanecem associadas à desvalorização de matérias-primas, principalmente o milho, que já acumula retração de 9,4% no ano. O mercado de máquinas e implementos agrícolas também seguiu pressionado, em meio ao cenário de instabilidade climática, baixos preços do milho 2ª safra de 2024 e perspectivas de margens apertadas, o que limita a capacidade de reinvestimento de produtores de grãos.
Nesse contexto, a demanda geral por insumos agrícolas esteve enfraquecida em abril, resultando em baixas de 2,29% para o grupo adubos e corretivos, e de 0,14% para defensivos na “Média Brasil”. Por outro lado, os custos com operações mecanizadas subiram 1,05% na “Média Brasil”, reforçada pela valorização do diesel em algumas regiões. A campanha de vacinação contra a febre aftosa foi antecipada para alguns Estados pertencentes aos blocos II, III e IV, segundo iniciativa do Ministério da Agricultura. Esta será a última imunização do rebanho nesses locais e, a partir de maio, eles serão reconhecidos como livres de febre aftosa sem vacinação.
Com isso, muitos produtores buscaram realizar outros manejos junto à vacinação, o que impulsionou a procura por medicamentos de outras categorias. As cotações médias de produtos voltados a controle parasitário e antibióticos subiram 0,78% e 1,37%, respectivamente, enquanto antimastíticos tenderam à estabilidade. Apesar da leve recuperação no preço do milho, a valorização do leite seguiu favorecendo o poder de compra de pecuaristas. Na média de março/2024, o produtor precisou de 26,9 litros de leite para adquirir 1 saca de 60 kg de milho, acima da média dos últimos 12 meses, de 26,7 litros de leite para 1 saca de 60 Kg de milho. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.