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16/May/2024

Carnes: JBS divulga resultados do 1º trimestre/2024

A JBS encerrou o primeiro trimestre de 2024 com lucro líquido de R$ 1,646 bilhão, revertendo o prejuízo líquido de R$ 1,453 bilhão registrado no igual período de 2023, informou a empresa. A receita líquida foi de R$ 89,147 bilhões, alta de 2,8% em relação ao primeiro trimestre de 2023, quando havia sido de R$ 86,684 bilhões. Já o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 197,3%, de R$ 2,162 bilhões para R$ 6,429 bilhões. Já a margem Ebitda passou de 2,5% para 7,2%. A dívida líquida da companhia fechou o primeiro trimestre em R$ 79,269 bilhões, 4,9% menor ao que havia sido reportado em igual trimestre de 2023, de R$ 83,343 bilhões. Em dólares, a dívida líquida caiu 3,3% em igual período, de US$ 16,405 bilhões para US$ 15,686 bilhões. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, ficou em 3,70 vezes em reais e em 3,66 vezes em dólares, contra 3,13 vezes e 3,15 vezes, respectivamente, um ano antes. O resultado financeiro líquido da empresa ficou negativo em R$ 1,727 bilhão, contra um resultado também negativo de R$ 1,554 bilhão no primeiro trimestre de 2023.

Por unidade de negócio, o Ebitda ajustado da Seara subiu 711,1%, seguido por USA Pork, com alta de 569,8%, JBS Brasil, que cresceu 116,9%, e Pilgrim's Pride, com incremento de 77,7%. O Ebitda ajustado da JBS Beef North America ficou negativo em R$ 48,6 milhões, enquanto a JBS Austrália reverteu a queda do primeiro trimestre de 2023 para uma alta de R$ 614 milhões. No primeiro trimestre do ano, a Seara teve receita líquida de R$ 10,317 bilhões, 0,1% inferior à do igual período do ano anterior. A companhia atribui o resultado aos preços e aos volumes estáveis na comparação anual. As vendas no mercado doméstico, que responderam por metade da receita da unidade no primeiro trimestre, totalizaram R$ 5,2 bilhões, 0,5% superior ao igual período de 2023. No mercado externo, a receita líquida em dólares atingiu US$ 1 bilhão, aumento de 4%, impulsionada pelo crescimento de 7% nos preços médios em dólar, já que os volumes foram 3% inferiores na comparação anual. A JBS Brasil apresentou receita de R$ 14,234 bilhões, alta de 16,7% ante o primeiro trimestre de 2023.

No mercado doméstico, a receita na categoria de carne bovina in natura cresceu 11%, como consequência do maior volume vendido no período. Esse crescimento é atribuído principalmente ao ciclo favorável pecuário, resultando em maior disponibilidade de animais para abate. Na América do Norte, a receita líquida no período foi de R$ 27,6 bilhões, 1% a mais em relação ao primeiro trimestre, com um Ebitda ajustado de R$ 11,4 milhões e margem de 0,2%. As operações de frango e de suínos (Pilgrim's Pride e JBS USA Pork) foram decisivas para o resultado financeiro da JBS no primeiro trimestre de 2024, tendo os maiores Ebitda ajustado por operação. O resultado refletiu a maior demanda do mercado norte-americano por essas proteínas, assim como os preços favoráveis dos grãos. O mercado está favorável aos produtos de frango e de suínos, com demanda maior nos Estados Unidos. Outro fato é que os custos das rações estão menores, então isso favoreceu as operações de frangos e suínos, diretamente ligadas à cadeia de grãos.

No primeiro trimestre de 2024, a Pilgrim's Pride teve Ebitda ajustado de R$ 2,5 bilhões, sendo que o da JBS USA Pork foi de R$ 1,6 bilhão, o que ajudou a compensar o resultado negativo da operação de carne bovina da companhia nos Estados Unidos, onde o Ebitda ajustado ficou negativo em R% 49 milhões. A companhia cita que o momento reflete o difícil ciclo pecuário do país, em contraste com a fase favorável no Brasil e na Austrália. A JBS USA Pork e a Pilgrim's Pride tiveram margem Ebitda de 16,4% e 11,5%, respectivamente, acima dos 7,2% da companhia. Além dessas operações, apenas a Seara, com 11,6%, teve margem Ebitda acima de 10% entre as diferentes operações da JBS. No período de janeiro a março, o Ebitda ajustado da JBS foi de R$ 6,4 bilhões, alta de 7,2% ante igual período de 2023. O resultado também reflete a diversidade geográfica da companhia. Vai ficar cada vez mais claro para o mercado ao longo deste ano o poder da diversificação geográfica. A Seara ainda pode apresentar resultados melhores do que os do primeiro trimestre de 2024, ainda que os principais indicadores tenham reagido na comparação com o período de janeiro a março de 2023.

A Seara ainda está com uma performance abaixo do seu potencial. As ações de gestão adotadas ao longo de 2023, com foco na execução do plano de ações e na gestão das pessoas, devem ajudar a Seara a apresentar desempenho melhor ao longo dos próximos trimestres, caso não ocorram mudanças no comportamento de consumo. As melhorias virão por etapas. A empresa fez um processo de alteração da estrutura, colocando pessoas em posições diferentes. Mas, é uma cadeia longa e ainda levará um tempo para que todas as melhorias se reflitam nos resultados. A Seara fechou o primeiro trimestre de 2024 com receita líquida de R$ 10,3 bilhões, resultado estável em relação a igual período do ano anterior. O Ebitda ajustado aumentou 711%, para R$ 1,2 bilhão, com margem de 11,6%. A empresa avaliou que o resultado foi efeito de menores custos dos grãos, melhor equilíbrio da oferta e demanda, e do processo de maturação das novas plantas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.