13/May/2024
Em São Paulo, a cotação do boi gordo registra queda, para R$ 230,00 por arroba a prazo. A pressão vem da escassez de chuva na região. A baixa rompe a estabilidade que vinha perdurando no mercado desde o início da segunda quinzena de abril. O tempo seco diminuiu o potencial produtivo das pastagens, o que incentiva o aumento da oferta de boiadas pelos pecuaristas. Mas, a procura pela indústria não acompanha esse ritmo, o que provoca a queda na cotação do boi gordo.
Os preços da vaca gorda, da novilha gorda e do "boi China" se mantêm estáveis, em R$ 205,00 por arroba, R$ 220,00 por arroba e R$ 235,00 por arroba, respectivamente. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado entre R$ 200,00 e R$ 210,00 por arroba; em Goiás, a R$ 212,00 por arroba; na Bahia, R$ 205,00 por arroba; e em Mato Grosso, a R$ 212,00 por arroba. A pressão sobre a arroba pode ter sido amenizada por movimentos sazonais, como a celebração do Dia das Mães no domingo (12/05) e o recebimento da massa salarial no início do mês, o que também contribui para estabilizar a cotação em algumas regiões.
Mas, o movimento é insuficiente para conter a pressão sobre os preços, também pela continuidade do nível elevado de abates. No Rio Grande do Sul, os efeitos da chuva dificultam o contato entre os agentes de mercado nos municípios afetados pelas enchentes e pela devastação. O volume de abate caiu significativamente em função da dificuldade de transporte e armazenamento. Os negócios acontecem em pequenos volumes, com a aquisição de carne de outros Estados sendo uma opção para os frigoríficos.