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06/May/2024

RS: chuvas paralisam as atividades de frigoríficos

As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul resultaram na paralisação completa de atividades em pelo menos dez frigoríficos do Estado, e a redução de turnos em outra unidade, conforme informações repassadas pelas empresas ao Ministério da Agricultura. Diante do cenário de calamidade, auditores fiscais federais agropecuários que atuam na região optaram por suspender temporariamente a mobilização por reestruturação da carreira para focar na minimização dos impactos ao setor agropecuário local. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), ainda estão sendo levantados os dados sobre os prejuízos causados pelas chuvas, mas já há relatos de impactos significativos em certos núcleos de produção. A Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS) destacou que os principais desafios enfrentados pelas indústrias são decorrentes de problemas logísticos, como a destruição de pontes e o bloqueio de estradas, o que tem dificultado o transporte de animais e a entrega de insumos essenciais.

Os abates foram cancelados em nove municípios prejudicados pelo clima hostil no Estado. As unidades que paralisaram totalmente as atividades foram: Cooperativa Dália Alimentos (Arroio do Meio), JBS (Caxias do Sul), Carrer Alimentos (Farroupilha), BRF aves (Lajeado), BRF suínos (Lajeado), Companhia Minuano de Alimentos (Lajeado), Frigorífico Floresta (São Gabriel), Agrosul Agroavícola Industrial (São Sebastião do Caí), Frigovale (Teutônia) e Cooperativa Languiru (Westfália). O Frigorífico Nicolini, de Garibaldi, na Serra, interrompeu os trabalhos no primeiro turno. A maior parte das unidades realiza abate de aves e suínos. A ABPA acompanha com preocupação e consternação a situação de calamidade e os levantamentos logísticos e extensão de prejuízos ocorridos no Rio Grande do Sul. A entidade acrescentou que, com base em relatos das entidades locais, há informações iniciais de impactos em determinados núcleos de produção, ainda não quantificados.

Segundo a ACSURS, a princípio, nenhuma granja foi afetada pela enchente ou destruída, mas é mais a questão logística que está afetando. A severidade de estrago que aconteceu nessas infraestruturas de trânsito é imensa. Serão muitos dias, semanas, meses e em alguns casos anos para conseguir resolver. É uma catástrofe jamais vista nessa proporção. O que aconteceu em setembro do ano passado na região do Vale do Taquari não passa nem perto do que está acontecendo hoje. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, ressaltaram os desafios que ainda serão enfrentados na região, mesmo após a melhora das condições climáticas. O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) anunciou que os auditores estão considerando a realização de uma força-tarefa no Estado para assegurar que as necessidades do setor não fiquem desatendidas durante este período crítico. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.