02/May/2024
No final de março, foi divulgada a notícia sobre a detecção do vírus da gripe aviária em vacas nos Estados Unidos, logo depois, sua transmissão para um ser humano. O que se sabia até então era que vacas dos Estados Unidos enfrentavam uma doença misteriosa que causava queda da produção. Em 25 de março, confirmou-se que a origem da doença era uma cepa do vírus da gripe aviária, marcando a primeira ocorrência da gripe aviária em bovinos leiteiros. O vírus foi detectado em vários rebanhos em diferentes Estados dos Estados Unidos. Um trabalhador que mantinha contato direto com o gado leiteiro, testou positivo para gripe aviária, tornando-se a segunda pessoa a contrair a Influenza Aviária, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Em comunicado divulgado no dia 23 de abril, sobre o surto de gripe aviária em bovinos, a agência governamental que regula o setor alimentício e farmacêutico dos Estados Unidos, Food and Drug Administration (FDA), confirmou a detecção de partículas do vírus da gripe aviária em amostras de leite em supermercados.
A FDA acredita que as partículas, que foram detectadas por testes laboratoriais altamente sensíveis, sendo restos de vírus mortos durante o processo de pasteurização. A agência considera pouco provável que essas partículas possam infectar pessoas, mas está conduzindo testes adicionais para ter certeza absoluta. Apesar dessas descobertas, o órgão informou que o fornecimento comercial de leite continua seguro, pois o processo de pasteurização mata bactérias e vírus nocivos ao aquecer o leite a uma temperatura específica. Para ajudar a impedir a propagação do vírus, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), está ordenando que todo o gado leiteiro seja testado antes do transporte interestadual. Na semana passada, o USDA afirmou que a transmissão de vaca para vaca é um fator na disseminação da gripe aviária em rebanhos leiteiros, mas ainda não sabe exatamente como o vírus está sendo espalhado. Acredita-se que as aves migratórias selvagens sejam a fonte original do vírus. Mas, o USDA afirmou que sua investigação sobre infecções em vacas inclui alguns casos em que a disseminação do vírus foi associada a movimentos das vacas entre rebanhos.
Além do teste para o transporte, os proprietários de rebanhos autorizados para a movimentação interestadual serão obrigados a fornecer informações epidemiológicas, incluindo rastreamento de movimentação de animais. O USDA também está exigindo que os laboratórios e consultórios veterinários estaduais iniciem a notificação obrigatória dos resultados do diagnóstico. As próximas orientações ainda serão divulgadas, mas estas medidas serão imediatamente exigidas para as vacas em lactação. No Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) continua vigilante aos casos, atualmente restritos a aves, sobretudo as silvestres. De um total de 2.942 casos sob investigação, 3 permanecem em andamento, enquanto 163 foram confirmados como positivos. Dessas ocorrências confirmadas, 160 afetam aves silvestres, 3 envolvem aves de subsistência (destinadas eventualmente ao consumo pelo próprio produtor), e nenhuma diz respeito a aves de criação comercial. Fonte: MilkPoint. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.