12/Apr/2024
O Ministério da Agricultura estima que a habilitação de 38 novos frigoríficos autorizados a exportar para a China deve resultar em incremento de R$ 10 bilhões à balança comercial brasileira por ano. O Brasil passou de 107 frigoríficos aptos a exportar carnes ao país asiático para 145. É um acréscimo significativo em número de plantas e, com isso, aumentando o volume que será exportado. Nesta sexta-feira (12/04), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitará uma fábrica da JBS em Campo Grande (MS) para acompanhar o primeiro embarque de carne para a China por uma das novas plantas recém-habilitadas pela China. A JBS foi a empresa com mais habilitações nesse novo rol: foram 12, incluindo duas da Seara. O estado de Mato Grosso do Sul tinha 11% da capacidade de abate para ser exportada à China, o que passou para 57% com novas habilitações. É um incremento gigantesco na capacidade do Estado. Foi o que mais cresceu.
A China avaliou todos os frigoríficos brasileiros, sendo que 32 foram reprovados. Essas plantas passarão por correção no processo e sofrerão novas vistorias a fim de serem habilitadas em uma próxima etapa. O momento é de diálogo interno junto ao setor privado para reavaliar as questões e depois pleitear nova habilitação à China. Se trata de questões documentais e técnicas que deverão ser revisadas. Esses critérios foram repassados às plantas. Elas corrigirão as questões e tão logo estiverem prontas, o governo entrará em contato novamente com a autoridade chinesa. A autorização às indústrias brasileiras é feita pela Administração Geral de Alfândegas da China (GACC), autoridade sanitária do país. Não há uma escolha pelo governo brasileiro sobre quais plantas devem ser habilitadas. O Brasil centraliza as informações, insere no sistema e a autoridade chinesa escolhe quais avaliar.
Após cinco anos sem novas habilitações para a China, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Carlos Goulart, considera a autorização de 38 novas plantas frigoríficas brasileiras a exportar para o país como um "ritmo incrível de habilitações". Havia plantas esperando cinco anos para a habilitação. Há um ritmo inédito de habilitações. A expectativa é de que esse ritmo se mantenha, mas é um processo bilateral de relacionamento. Desde o início da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil já habilitou 42 indústrias de carnes ao país asiático, além da reversão de embarques a plantas suspensas. Houve um esforço direto do presidente Lula em contato direto com o presidente Xi Jinping e do vice-presidente, Geraldo Alckmin, com o primeiro-ministro chinês. O ministro Fávaro também já foi duas vezes à China. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.