12/Apr/2024
Os produtores de leite do Rio Grande do Sul vêm reforçando junto ao governo do Estado pedidos para medidas de apoio ao setor, seguindo exemplos de outros Estados. Eles reivindicam medidas semelhantes que ajudem a recuperar e reorganizar a cadeia leiteira. Em Minas Gerais, o governo local publicou decreto que suspendeu benefícios aos importadores do produto para a proteção e recuperação do setor. Goiás também anunciou recentemente a retirada dos benefícios fiscais de laticínios que importam leite e derivados de outros países.
O governo do Paraná publicou decreto que muda a regra para cobrança de ICMS sobre a importação de leite em pó e muçarela. Antes isentos do tributo, agora a alíquota passa a ser de 7%. A Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando) lembra que, nos últimos dez anos, a cadeia leiteira do Estado perdeu cerca de 50% de seus produtores, sendo famílias inteiras que extinguiram suas atividades. Tanto em nível federal quanto estadual, as ações até agora tomadas resultaram em poucos benefícios. O governo do Rio Grande do Sul deveria tomar algumas medidas unilaterais, ou seja, independentemente das ações nacionais, como taxar as empresas que usam produto importado ou identificar quem está usando leite nacional e ajudando a cadeia produtiva.
A inundação das importações, em especial dos países do Mercosul, adiciona mais problemas à crise vivida pelo setor. É preciso ações locais para que se possa ajudar os produtores e a indústria local que não importa leite. Esta também acaba sendo prejudicada quando outras empresas importam esse leite em pó, mais barato e subsidiado. Os Estados são diferentes, mas o problema é igual para os produtores no País. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.