11/Apr/2024

Depois de registrarem bom desempenho em fevereiro, o volume de carne suína (considerando-se os produtos in natura e processados) embarcado pelo Brasil e a receita com as vendas externas registraram forte queda em março, sendo ambos os menores desde fevereiro de 2023. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em março, o Brasil exportou 90,7 mil toneladas de carne suína, volume 6,3% menor que o de fevereiro/2024 e ainda 14,3% abaixo do de março de 2023. Trata-se, também, da menor quantidade desde fevereiro de 2023.

Ainda assim, no primeiro trimestre de 2024, o volume escoado somou 286 mil toneladas, sendo 5,3% acima do embarcado nos três primeiros meses do ano passado e um recorde para o período, considerando-se a série histórica da Secex, iniciada em 1997. Quanto à receita, totalizou R$ 953,2 milhões em março deste ano, 6% abaixo da arrecadada em fevereiro e expressivos 25,9% inferior à de março de 2023, também o menor montante arrecadado desde fevereiro do ano passado.

No balanço do primeiro trimestre deste ano, exportadores brasileiros receberam R$ 2,9 bilhões, queda de 11,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. A retração no volume embarcado em março está atrelada à menor demanda de importantes parceiros do Brasil na Ásia, como a China (a quantidade escoada caiu 26,6% de fevereiro para março), Hong Kong (-17%) e Singapura (-22,9%). Em março, foram enviadas a estes destinos, respectivamente, 19,3 mil toneladas, 7,4 mil toneladas e 4,8 mil toneladas.

A forte diminuição dos envios de carne suína ao México também chama a atenção do setor. Depois de encerrar 2023 entre os 11 maiores importadores da carne brasileira, o México foi destino de apenas 25 toneladas da proteína no primeiro trimestre de 2024. Esse cenário se deve à pressão exercida por suinocultores mexicanos no final do ano passado, que levou a justiça daquele país a suspender as importações da proteína do Brasil. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.