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09/Apr/2024

Boi: preços seguem sustentados no mercado físico

Esta segunda semana de abril se inicia com a expectativa sobre como se comportarão as vendas de carne bovina no mercado interno. Se a primeira semana apresentou um escoamento mais constante da proteína vermelha, o que reforçou a demanda dos frigoríficos por boiadas gordas no mercado físico, agora há incertezas sobre se tal ritmo vai continuar. Os varejistas consideraram fracas as vendas pós-Páscoa e assim entraram no mês de abril mais cautelosos nas compras. Mesmo assim, a estabilidade de preços se mantém no físico, nas principais regiões pecuárias, após alta em algumas delas nos dias anteriores.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 227,00 por arroba a prazo, mesmo diante do aumento nos volumes de negociação e da maior oferta de bois terminados. Nos últimos sete dias, a cotação apresenta alta de R$ 2,00 por arroba. No Maranhão, o boi gordo é negociado a R$ 207,00 por arroba. A estabilidade também ocorre pelas condições favoráveis de pastagem, com chuvas em diversas regiões pecuárias, o que permite aos pecuaristas manterem o gado nas fazendas por mais tempo e os ajuda a controlar a oferta.

Há aquecimento do mercado do lado da exportação, porém, que mantém bom ritmo, com alta de 25,9% no primeiro trimestre ante igual período de 2023, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). O maior escoamento da carne bovina internamente, motivado pelo pagamento dos salários no início do mês, e a continuidade do ritmo acelerado de embarques externos não são suficientes, porém, para um movimento mais forte de alta dos preços porque os frigoríficos, ainda que sem a lentidão de compras verificada no mês passado, aguardam possíveis desenvolvimentos do mercado para realizarem aquisições em maiores volumes.